Continua após a publicidade:

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania apontou o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil) e MBL, como responsáveis por “desestabilizarem a democracia brasileira”. (Assista vídeo abaixo)

Na terça-feira, 5 de dezembro, o ministro foi convidado para prestar esclarecimentos após o ministério pagar a viagem a Brasília de Luciane Barbosa Farias, assossiada ao Comando Vermelho.

Continua após a publicidade:

“O governo que vossa excelência faz parte teve diversos membros condenados por implementar uma ditadura da propina em relação ao Congresso e solapar nossa democracia”, reagiu o deputado a fala.

Kataguiri questionou Almeida sobre a participação de Luciene em eventos do governo e a falta de uma resposta do ministro diante das supostas “campanhas difamatórias” por parte de “ministros e parlamentares” governistas contra jornalistas envolvidos nas reportagens sobre o assunto.

Em sua resposta, o Ministro dos Direitos Humanos acusou Kataguiri de fazer “insinuações difamatórias”, classificando-as como características típicas do grupo de extrema-direita.

“Eu já falei a respeito de tudo que aconteceu […] Agora, uma coisa que eu preciso dizer, eu já imaginava que o senhor não consideraria suficiente a minha resposta, porque da última vez que eu estive aqui, o senhor fez um vídeo, uns cortezinhos para dizer que venceu o debate. Isso é tipicamente do grupo de extrema-direita, isso é uma opinião política minha, da qual o senhor é um dos líderes, e que tem como algo usual fazer insinuações difamatórias, como o senhor faz agora ao meu respeito…e eu não fico supreso com sua postura, por que o grupo que o senhor pertece é um dos maiores responsáveis por desestabilização a democracia brasileira nos últimos tempos”, declarou o ministro.

A deputada Bia Kicis (PL-DF), que presidia a reunião, interrompeu Almeida, destacando que ele ocupava a posição de “ministro de Estado” e enfatizando que a reunião não era o espaço apropriado para proferir um “discurso político”.

Enquanto a deputada falava, o ministro fazia gestos negativos com a mão, enquanto alguns congressistas presentes pediam para que o ministro a respeitasse.

“Eu estou interrompendo como presidente da comissão, o senhor não está aqui para fazer discurso político (…) Estou interrompendo como presidente, é meu direito fazer isso, porque o senhor não pode atacar grupos políticos aqui dentro, isso aqui é um parlamento, uma casa plural, e não é o seu papel como ministro de Estado, o senhor não é ministro de governo, atacar grupos políticos”, disse Kicis a Almeida.

Depois da interrupção da deputada, o ministro Silvio Almeida afirmou que tem “direito de se posicionar porque foi vítima de ataque” do deputado.