O deputado federal Coronel Meira (PL-PE) defendeu os policiais militares do Bope, presos após operação na comunidade do Detran, no bairro da Iputinga, Zona Norte do Recife, em novembro do ano passado, e lembrou dos agentes mortos na série de execuções na chamada chacina de Camaragibe.
“Aquela prisão dos amigos do Bope, aquela operação lá no Detran, aquilo foi um absurdo. Mandou prender, autuar em flagrante duas equipes do Bope que entraram num barraco”, disse.
A operação dos PMs do Bope ocorreu na noite de 20 de novembro de 2023. Uma câmera de segurança filmou o momento em que eles invadiram residência e atiraram várias vezes. Depois, dois corpos enrolados em lençóis são retirados e levados nas viaturas.
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No dia seguinte ao fato, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) mandou prender em flagrante nove policiais militares. No outro dia (22), em audiência de custódia, seis PMs ficaram presos preventivamente, três ganharam liberdade provisória e o comandante do Bope tenente-coronel Wambergson Correia Melo foi afastado. Os seis PMs presos foram soltos em 18 de dezembro.
No início de janeiro, 40 dias após as mortes dos dois homens, uma força-tarefa da Polícia Civil mobilizou três delegados para dar seguimento à investigação que, até então, oficialmente, segue sem prazo para a conclusão.
O inquérito deve determinar se os policiais vão responder pelo crime de homicídio doloso (com intenção de matar), ou se houve uma legítima defesa (que pode resultar no arquivamento do caso). Após o resultado, caberá ao Ministério Público decidir se denuncia os policiais à Justiça.
Para o deputado, as prisões dos PMs foram arbitrárias e há provas de que a atuação foi correta.
“(…) Agora vem, cinco delegados apuraram e provaram que a operação foi correta, a operação foi totalmente correta. E agora como é que ficam nossos policiais, que o então comandante geral, na época, mandou autuar por invasão de barraco, não era domicílio não, foi barraco que foi invadido”, afirmou.
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Ele ainda disse que a casa foi anteriormente invadida pelos homens mortos na operação.
“Veja a que nível chega o trabalho deles a nível de sofisticação da tecnologia que o crime organizado está usando”, completou.
Meira ainda comentou a morte dos policiais, que desencadeou na série de homicídios que ficou conhecida como chacina de Camaragibe.
“Lá na minha terra, inclusive, Camaragibe, onde a gente sabe que aqueles camaradas mataram dois policiais duas semanas antes. Eles comandavam o crime organizado, a droga lá em Camaragibe, todo mundo sabe disso. (…) Então, isso que a gente coloca com muita transparência e está sendo apurado”, concluiu.