O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está planejando anunciar a liberação de recursos para o ensino superior, com o objetivo de encerrar a greve nas universidades federais. Ele se reunirá com reitores no Palácio do Planalto na segunda-feira, 10 de junho, para apresentar um novo financiamento para as instituições, incluindo verbas para custeio, manutenção, assistência estudantil e pesquisas.
Além disso, o governo finaliza um braço do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras em universidades e hospitais universitários.
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A greve, que já dura mais de 60 dias, envolve professores e servidores técnico-administrativos. O governo propôs um aumento salarial em 2025 e 2026, mas foi rejeitado pelos sindicatos, que insistem em um reajuste imediato para compensar as perdas com a inflação. Apenas um sindicato assinou o acordo, mas foi suspenso por uma liminar judicial.
Os sindicatos também defendem um aumento no orçamento das universidades e institutos federais, com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior cobrando um aporte de pelo menos R$ 2,5 bilhões para evitar a paralisação das atividades por falta de verba.
O valor exato a ser anunciado pelo presidente ainda não foi divulgado pelo Planalto, mas o Ministério da Educação confirmou os preparativos para o anúncio.
O investimento também abrangerá obras de infraestrutura, como novos prédios, laboratórios e quadras esportivas nas universidades públicas.
“Pela primeira vez, nós incluímos a educação no PAC, que, inclusive, será anunciado na próxima segunda-feira, pelo presidente, todos os novos investimentos em hospitais universitários e nos campi das universidades”, afirmou o ministro.
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“Com uma luta, um esforço grande, o presidente vai anunciar novos recursos para o custeio das universidades e IFs, demonstrando o compromisso do presidente e deste governo com as nossas instituições de educação superior”, acrescentou.
A greve prolongada está causando incômodo e desgaste no Planalto. Na quarta-feira, a Comissão de Educação da Câmara, presidida por Nikolas Ferreira (PL-MG), aprovou a formação de um grupo de trabalho (GT) para discutir a mobilização.
A proposta partiu de parlamentares alinhados ao governo Bolsonaro. De acordo com o Andes, a criação desse grupo tem como objetivo principal atacar o governo e criticar a paralisação, negligenciando as demandas apresentadas pela categoria.