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No dia 11 de agosto, sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, permanecerá como um “adversário”, mas ressaltou a importância de manter uma boa relação com ele.

As palavras de Lula foram proferidas durante um discurso no Rio de Janeiro, onde estava apresentando a nova edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Este pronunciamento também teve a intenção de servir como um reconhecimento público a Arthur Lira, que estava presente no evento e havia sido vaiado por apoiadores de Lula.

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O presidente destacou:

“Arthur Lira é nosso adversário político desde que o PT foi fundado. Ele era nosso adversário e vai continuar sendo adversário”

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O ex-presidente acrescentou que a presença de Lira naquele contexto não representava apenas o indivíduo Arthur Lira, mas também a figura do presidente de uma instituição vital para o equilíbrio de poderes. Ele ressaltou que a relação entre o Poder Executivo e a Câmara é de interdependência, onde ambos têm um papel fundamental a desempenhar.

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“Ele não está aqui como Arthur Lira, ele está aqui como presidente de uma instituição que o Poder Executivo precisa mais dela do que ela do Poder Executivo. Não é o Lira que precisa de mim. Eu é que mando os projetos feitos pelos ministros, pela sociedade. Eu é que preciso dele para colocar em votação”, afirmou o presidente.

Neste momento, Lula e Arthur Lira estão envolvidos em um processo de negociação contínua referente à participação do Centrão no governo. Embora já tenha sido confirmado que André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) serão ministros, as pastas que ocuparão ainda não foram decididas.

ARTHUR LIRA: “se o BRASIL não tivesse CENTRÃO, seria uma ARGENTINA”, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou, que o Brasil “seria uma Argentina”, se não houvesse o Centrão. A declaração foi dada em entrevista à Rádio MIX FM, de Maceió (AL).

O chamado Centrão trata-se de um grupo informal na Câmara, que reúne parlamentares de centro, direita e centro-direita e costuma se aliar a governos em troca de espaços de poder.

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Independentemente de ideologias, o pragmatismo prevalece. Normalmente, os políticos justificam essa versatilidade dizendo que não necessariamente apoiam o governo, mas que votam a favor das pautas importantes para o Brasil.

Entre as siglas do Centrão, estão PP, de Arthur Lira; PSD, que abriga o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco; além de União Brasil, MDB e Republicanos.

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Nas últimas semanas, os partidos vêm negociando com o Palácio do Planalto para conseguir maior participação na Esplanada. A expectativa é levar ao menos PP, Republicanos e União Brasil para chefiar ministérios.