A Câmara Municipal de São Paulo informou nesta terça-feira, 9 de janeiro, que a retirada de apoio para abrir a CPI que investiga ONGs, e mira o padre Júlio Lancellotti, não impede a sua instalação.

Segundo nota da Casa, a remoção das assinaturas é apenas simbólico e apenas o autor do pedido pode evitar a instalação da comissão antes dos próximos trâmites. Com isso, o próximo passo é que a pauta será análise que os líderes, que vão decidir se a CPI vai ser aberta.

Havendo consenso, o assunto vai a plenário, onde será realidas duas votações, a primeira para aprovar a criação de uma nova CPI na Câmara Municipal de São Paulo e a segunda para criar e instalar a CPI das ONGs. Ambas necessitam de 28 votos.

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O pedido de abertura da comissão foi aprovado em dezembro com 25 assinaturas, seis a mais que o necessário, mas com a repercussão, os vereadores Milton Ferreira (Podemos), Beto do Social (PSDB), Sidney Cruz (Solidariedade), Nunes Peixeiro (MDB), Thammy Miranda (PL), Xexéu Tripoli (PSDB) e Sandra Tadeu (União) anunciaram a retirada do apoio.

Lancellotti diz que Moraes ofereceu ajuda

O padre Júlio Lancellotti, que coordena a Pastoral Povo da Rua da Arquidiocese de São Paulo e atende a população em situação de rua na cidade, disse na última sexta-feira, 5 de janeiro, que recebeu uma ligação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para prestar “apoio e solidariedade” em meio à proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigá-lo na Câmara Municipal de São Paulo.

Em junho de 2022, o ministro visitou a Paróquia de São Miguel Arcanjo, onde atua o padre, e recebeu uma escultura de presente que representava “Jesus morador de rua”.

Moraes também foi o responsável por exigir um plano para a Política Nacional para a População em Situação de Rua no ano passado, decisão considerada “histórica” pelo padre.

Em dezembro, Lancellotti e Moraes fizeram parte do lançamento do Plano Nacional Ruas Visíveis, no Palácio do Planalto.

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