O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai trocar os vidros do Palácio do Planalto por material blindado.

A medida, proposta pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), tem como objetivo fortalecer a segurança do edifício após os atos do 8 de Janeiro.

Os vidros blindados serão instalados no térreo do prédio, com custo estimado em R$ 8 milhões, segundo interlocutores do governo.

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O GSI considera a mudança um reforço sem complexidade, porém eficaz para aumentar a segurança. Na avaliação do órgão, a fragilidade dos vidros do edifício colaborou para a invasão do local pelos extremistas.

A blindagem depende de autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que o Palácio do Planalto é patrimônio tombado.

A assessoria da Presidência da República informou que o GSI busca a permissão e ainda não há uma previsão para a realização da reforma.

Destruição

No dia 8 de janeiro do ano passado, radicais bolsonaristas insatisfeitos com o resultado da eleição de 2022 invadiram e depredaram, além do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Na época, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acampavam em frente a quartéis do Exército pelo País. Em Brasília, parte dos extremistas saiu dos acampamentos em direção à Praça dos Três Poderes.

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O Estadão mostrou que o ataque vinha sendo preparado desde o dia 3 de janeiro, quando mensagens em grupos do Telegram e do WhatsApp passaram a convocar manifestantes de todo o Brasil para protestos na capital federal.

Por volta das 15h do dia 8, os manifestantes furaram o bloqueio de segurança e invadiram e destruíram dependências dos edifícios públicos.

Evento

Lula anunciou no fim do ano passado que vai realizar um evento no próximo dia 8, junto com os presidentes dos outros Poderes e governadores, para marcar um ano dos atos golpistas em Brasília.

Na semana passada, autoridades do Planalto, do Congresso e do Supremo se reuniram para discutir o esquema de segurança para o evento.

Um plano de ação integrado deve ser apresentado na próxima quinta-feira. Também participaram da reunião representantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do GSI e da Secretaria Nacional de Segurança Pública, além de chefes de segurança do Senado, da Câmara e do STF.

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