Em mais uma leva de demissões, o Grupo Globo anunciou na segunda-feira, 6 de novembro, o desligamento de pelo menos 20 jornalistas. O cortes foram em redações de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, nos veículos Valor Econômico, CBN, O Globo e Extra.

O famoso apresentador Carlos Andreazza, da CBN Rio, está entre os mandados embora. Na rádio do grupo há cerca de 3 anos, o jornalista disse no X (antes Twitter) que trabalhou com “pessoas incríveis” e que aprendeu “muito” na emissora.

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Em nota, a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) e os Sindicatos dos Jornalistas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília exigiram que as demissões fossem canceladas.

“É necessário que a empresa abra negociação imediata com as entidades e garanta que novos cortes não ocorrerão nos próximos dias”, disseram os representantes da categoria.

Cortes

Desde o ínicio de 2023, o Grupo Globo vem realizando demissões em massa de seus funcionários. No começo de abril, ao menos 40 foram demitidos do Departamento de Jornalismo do conglomerado de mídia. Naquele momento, os desligamentos foram realizados em g1, GloboNews, TV Globo e afiliadas.

Entre os cortes, nomes tradicionais e conhecidos do público como César Galvão, Marcelo Canellas e Giuliana Morrone.

Queda na audiência

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Em 2017, a Globo lançou uma campanha que destacava um alcance de 100 milhões de telespectadores por dia com o slogan “100 milhões de uns”. Seis anos após o lançamento, em 2023, esse número diminuiu para 76 milhões, representando uma queda significativa de 24% na audiência.

A própria empresa reconheceu essa perda de alcance por meio de dados apresentados por Manzar Feres, diretora de Negócios Integrados em Publicidade, durante o evento Upfront Globo 2024, que ocorreu na quinta-feira, 19 de outubro.

Esse número se refere à soma da audiência de todos os ramos do Grupo Globo, incluindo o serviço de streaming Globoplay, os canais pagos e os sites da emissora. Quando considerado apenas a audiência da TV aberta, esse número diminui mais ainda, chegando a 70 milhões.

O alcance é calculado com base no número de pessoas que assistem à programação por pelo menos um minuto durante o período analisado.

A perda de 24 milhões de telespectadores/usuários, de acordo com a emissora, pode ser atribuída à concorrência com serviços de streaming, os novos canais, redes sociais e sites, que tinham um menor impacto em 2017, quando a Globo somou os 100 milhões de telespectadores.

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Esse cenário é influenciado pelo aumento no número de televisores conectados à internet, que agora estão presentes em pelo menos 60% dos lares brasileiros.