Pelo menos dois funcionários brasileiros foram demitidos pela embaixada da Hungria como medida disciplinar devido ao vazamento de imagens do circuito interno, que mostravam a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o Carnaval, em um momento em que havia investigações em curso sobre tentativa de golpe de Estado.

Embora não houvesse provas conclusivas da participação dos funcionários na divulgação dos vídeos, a representação húngara optou por demitir brasileiros que tinham acesso ao monitor que exibia as imagens em tempo real.

Após a divulgação de que Bolsonaro passou duas noites na embaixada, onde estava protegido contra prisão, a representação diplomática iniciou uma investigação interna para determinar como a informação e os vídeos foram vazados para a imprensa.

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Mesmo durante o período de visita de Bolsonaro, quando havia menos funcionários circulando no local devido ao feriado, os brasileiros que trabalham na embaixada foram alvo das investigações internas.

O embaixador foi convocado na semana passada pelo Itamaraty para prestar esclarecimentos sobre a estadia de Bolsonaro na embaixada.

Ele reiterou a versão de Bolsonaro, afirmando que o recebeu para discutir interesses bilaterais entre os dois países. No entanto, as respostas não foram satisfatórias para o Itamaraty.

STF não vê CRIME em estadia de BOLSONARO na embaixada da HUNGRIA, diz colunista

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm opiniões divergentes sobre as verdadeiras intenções do ex-presidente Jair Bolsonaro ao ficar dois dias na Embaixada da Hungria em fevereiro, segundo a colunista Daniela Lima, do G1.

Segundo a jornalista, as especulações incluem desde provocação à Corte até um possível medo das investigações ou um prelúdio a um pedido de asilo, embora não considerem que houve crime.

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Assim, prevalece no STF a expectativa de que, após receber as justificativas formais da defesa de Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes opte por não aplicar novas penalidades judiciais ao ex-presidente.