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A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu nesta terça-feira, 24 de outubro, o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 janeiro.

O documento foi entregue à procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos, pela senadora Eliziane Gama e outros integrantes da CPMI. Na semana passada, o relatório marcou fim dos trabalhos da comissão e indiciou 61 pessoas, entre elas, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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O subprocurador Carlos Frederico Santos foi designado para analisar o relatório e propor eventuais investigações contra os citados do documento final. Santos atua na investigação dos atos e foi responsável por denunciar cerca de 1,4 mil acusados.

O material contém 1,3 mil páginas e 7 terabytes de arquivos digitais, incluindo imagens, vídeos e diversos documentos que embasaram os indiciamentos.

Mais cedo, Eliziane Gama e os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Rogério Correia (PT-MG), além do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também entregaram o relatório da CPMI ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator dos processos que tratam do 8 de janeiro.

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Os parlamentares também vão entregar cópias do relatório à Controladoria-Geral da União (CGU), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Polícia Federal.

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Relatório pede indiciamento de Bolsonaro

Depois de mais de sete horas de discussão, a CPMI do 8 de Janeiro aprovou, no último dia 18 de outubro, o relatório final da comissão.

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Por 20 votos favoráveis, 11 contrários e nenhuma abstenção, os parlamentares referendaram o parecer da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) pedindo o indiciamento de 61 pessoas, entre as quais o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Durante as mais de 45 falas de parlamentares na reunião final, ficou evidente a divergência entre governistas e a oposição sobre os responsáveis pelos ataques aos palácios dos três Poderes no dia 8 de janeiro e em relação às possíveis omissões do governo federal para evitar a depredação dos prédios públicos.

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Enquanto a base do governo elogiou e classificou o relatório como “peça histórica em defesa da democracia”, os oposicionistas criticaram o documento, tachando-o de parcial e considerando que apresenta “erros graves” por ter se desviado do objeto determinado da CPMI.

Agência Brasil