O chefe da Casa Militar do Governo de Pernambuco, coronel Hercílio da Fonseca Mamede, se encontrou na manhã desta sexta-feira, 16 de fevereiro, com o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), após ter sua convocação aprovada pela Casa para explicar a presença de um sargento da PM em reunião de deputados.
Ao lado do chefe da Casa Civil, Túlio Vilaça, eles apresentaram de forma antecipada as informações solicitadas sobre o caso do militar que foi exposta publicamente em plenário da Assembleia, pelo deputado Diogo Moraes.
Com tal atitude, o presidente da Alepe decidiu suspender a convocação e realizar a análise dos documentos entregues juntamente com os deputados.
Continua após a publicidade:
A Assembleia Legislativa havia aprovado a convocação do chefe da Casa Militar para a próxima segunda (19) para apresentar as explicações do caso, que de acordo com o deputado Diogo Moraes, o sargento é da inteligência da PM.
Acompanhe o momento da denúncia do deputado no plenário da Alepe e pedido de convocação do coronel Mamede, chefe da Casa Militar.
Relembre
O deputado Diogo Moraes (PSB) anunciou um pedido de convocação do secretário-chefe da Casa Militar de Pernambuco, coronel Hercílio da Fonseca Mamede. O objetivo é esclarecer a presença, na Alepe, de um sargento do quadro de inteligência do órgão com o intuito de participar de reuniões da Casa na última segunda (5).
De acordo com o parlamentar, o militar informou que pretendia acompanhar a assembleia do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo do Estado de Pernambuco (Sindilegis). No mesmo auditório, se realizaria, pouco depois, uma reunião entre deputados da Casa, convocada pela Presidência da Alepe.
“O que é que um agente do serviço de inteligência do Governo de Pernambuco vem fazer no Poder Legislativo? Há uma clara interferência na Casa Militar para vir aqui dentro bisbilhotar reuniões internas de servidores e deputados”, apontou.
Continua após a publicidade:
Diogo Moraes lembrou que a Casa Militar está vinculada ao Poder Executivo e frisou a importância de independência do Legislativo estadual.
“O sargento não veio de sua livre e espontânea vontade. Veio com orientação para cumprir uma tarefa. E subentende-se que a Casa Militar atende quem manda na Casa Militar, que é a governadora Raquel Lyra, até que se prove o contrário”, observou.