Walter Braga Netto, que foi ministro da Defesa de 2021 a 2022, no governo Jair Bolsonaro, pode perder o posto de general do Exército, de acordo com a CNN Brasil.

O site de notícias afirmou que recebeu informações de fontes ligadas ao Exército que há um debate para retirar Braga Netto da Força Armada.

O assunto, que é tratado internamente, começou a ser debatido após o general cometer uma grave transgressão militar por ter chamado em mensagens privadas, obtidas pela PF, Freire Gomes, comandante do Exército Brasileiro entre março e dezembro de 2022, de “cagão”.

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A declaração foi feita porque Gomes não aderiu a trama golpista após as eleições. Braga Netto é considerado “indigno para o oficialato”.

Além do insulto, foi descoberto pelas mensagens que Netto incentivou oficiais a promoverem uma campanha contra generais que defendiam o cumprimento da Constituição e a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Tomás Paiva, atual comandante do Exército, foi um dos alvos da campanha.

Caso punido, o general será expulso do Exército Brasileiro e sua aposentadoria passe a ser recebida por sua esposa, pois ele é considerado falecido para o Exército.

Esse tipo de punição ocorre somente se o réu for condenado por crime superior a dois anos pelo Superior Tribunal Militar, que é o caso pelo qual Braga Netto é acusado.

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O crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito tem pena prevista de reclusão de 4 a 8 anos.