O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na manhã desta sexta-feira, 9 de fevereiro, em suas redes sociais, que a minuta de um discurso de decretação de Estado de Sítio e Garantia da Lei e de Ordem (GLO) encontrada pela Polícia Federal (PF) na sede do Partido Liberal (PL), nada mais era que peça de processo fornecido pelo ministro encarregado do inquérito.

Para a PF, Bolsonaro teria tido participação direta na edição da minuta que circulou entre seus aliados após o segundo turno das eleições de 2022.

Já a defesa aponta que esse mesmo documento havia sido apreendido pela PF durante a prisão do tenente-coronel Mauro Cid em maio de 2023.

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Em vídeo divulgado pelo ex-presidente, o advogado Paulo Cunha Bueno afirma que a defesa busca esclarecer a situação para que não haja “nenhum tipo de confusão com relação quanto ao que foi encontrado”.

O advogado conta que o documento estava impresso para que o Bolsonaro pudesse ler.

A apreensão do documento foi realizada durante operação deflagrada nesta quinta-feira, 8, durante Operação Tempus Veritatis, nas dependências do Partido Liberal (PL) em Brasília.

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Antes da confiscação da minuta, a PF já tinha indicativos de que Bolsonaro editou texto de uma minuta de decreto de golpe para anular o resultado das eleições e prender o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que conduz as investigações.

Na quinta-feira, à Coluna do Estadão, Bolsonaro disse não saber os motivos para ser alvo da operação.

Estadão Conteúdo