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Nesta terça-feira, 25 de julho, Bolsonaro atacou a nova reforma tributária e questionou a prisão do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Em um longo discurso, o ex-chefe do executivo afirmou que o atual governo agrada apenas países do hemisfério norte.

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que tornou Bolsonaro inelegível foi questionada pelo ex-presidente, em tom voltado para a militância.

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De acordo com a Veja, o ex-chefe do executivo comparou sua atual situação com a de Marina Corina, líder da oposição na Venezuela e dos opositores de Daniel Ortega, na Nicarágua.

“A quem interessa, aos países europeus, países mais do norte? Interessa eu ou um entreguista na Presidência da República? Um analfabeto? Um jumento, por que não dizer?”, disse Bolsonaro na Câmara de Vereadores de São Paulo.

Bolsonaro ainda reclamou da prisão de Mauro Cid, que sofre por investigação que bisbilhotou o ex-ajudante em 2021. Jair Bolsonaro está empenhado em demonstrar força política onde desembarcou em São Paulo, nesta terça-feira.

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O ex-presidente foi recepcionado em almoço na casa do ex-secretário de comunicação Fabio Wajngarten, que também planeja outros encontros institucionais.

Embate entre Bolsonaro e Valdemar Costa Neto

Um embate de pontos de vista sobre a reforma tributária gerou tensão entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto. O estranhamento aumentou neste final de semana.

O ex-chefe do executivo ficou irritado depois de Valdemar dizer ao jornal “Folha de S.Paulo”, que Bolsonaro teria errado ao ser contra a reforma.

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Segundo apurações da CNN, aliados de Bolsonaro afirmam que o presidente do PL já desautorizou Bolsonaro em quatro manifestações, com um objetivo de aumentar o poder de barganha na escolha de futuros candidatos às eleições municipais de 2024.

De acordo com alguns aliados de Bolsonaro, existe uma combinação entre Valdemar, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), e o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos) para isolar Bolsonaro. Valdemar, Ciro e Tarcísio negam a suposta combinação.

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Ainda em entrevista à CNN, aliados de Valdemar afirmaram que as declarações recentes do ex-chefe do executivo não é contra a reforma em si, mas contra a proposta pelo PT, e que o PL irá propor mudanças no projeto.

Em publicação no Twitter, o ex-presidente voltou a comentar sobre a reforma.

“Ele escreveu que “a ausência de uma alíquota base ou detalhes operacionais da divisão dos impostos” são pontos ainda “obscuros”, e que a reforma permitiria “sobretaxar importantes insumos do setor agrícola”, por exemplo.

Jair também disse que a sobretaxa, sem passar pelo Congresso, poderá ser tanto maior quanto assim julgar o governo.

A aprovação da PEC 5/2023, que amplia isenções tributárias para entidades religiosas, anda em tentativas de negociação com o governo Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) é o responsável pela mediação com a atual gestão do país.

Marcelo é um ex-ministro de Dilma Rousseff, e também um dos líderes da Igreja Universal do Reino de Deus.

Os evangélicos foram felizes na negociação de inclusão na reforma tributária de artigo que estende a isenção de impostos a templos religiosos. O acerto foi realizado por meio dos ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) antes do recesso parlamentar.