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Aos gritos de ordem “Raquel, convoca já” e “queremos calendário”, profissionais da educação reivindicaram, em audiência pública nesta segunda (18), novas convocações do concurso realizado pelo estado em 2022.
O encontro, promovido pela Comissão de Educação, reuniu representações das categorias contempladas na seleção – professores, analistas e assistentes técnicos -, além de integrantes do Ministério Público, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) e do governo.
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O deputado William Brigido (Republicanos), autor do pedido de realização da audiência, relatou ter sido procurado por aprovados que ocupam o cadastro de reserva, ou seja, estão aptos a assumir os cargos, mas ficaram fora do número de vagas ofertado pelo edital.
“Há algum tempo recebemos centenas de pedidos para que a Alepe busque uma solução para esse chamamento. Nosso papel é democraticamente cobrar, discutir o tema e buscar alternativas”, afirmou o parlamentar.
Panorama
O número de contratações temporárias no quadro da Secretaria de Educação e Esportes (SEE) foi criticado por diversos participantes ao longo da reunião.
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A deputada Dani Portela (Psol) apresentou dados da pasta que apontam que, até dezembro de 2022, 19 mil professores da rede de Pernambuco trabalhavam nesse regime.
“Os contratos temporários vêm sendo renovados, enquanto cerca de sete mil professores, 1.300 analistas e seis mil assistentes administrativos aguardam convocação.”
A vice-presidente do Sintepe, Cíntia Sales, também apoiou a ocupação dos cargos por servidores efetivos.
“Historicamente defendemos o concurso público porque sabemos que a contratação temporária é precarizada. Além disso, para fortalecer a educação é preciso criar vínculos, estabelecer relações, e isso é mais difícil de ocorrer com trabalhadores temporários”, observou.
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Outro ponto abordado foi a ocorrência de desvio de função, como destacou o representante dos professores aprovados, Rodrigo Ferreira. Ele aguarda convocação para trabalhar em Caruaru, no Agreste Central.
“Hoje, 438 professores ocupam cargos de analistas. E nove a cada dez professores que ensinam artes, filosofia e sociologia não têm formação específica para ocupar esses cargos”, pontuou.
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Uma das demandas centrais do grupo é a previsão de quando serão chamados, como frisou o representante dos assistentes administrativos que aguardam convocação, Thiago Allan. “Queremos mais abertura para dialogar com o governo e termos um cronograma”, pleiteou.
“Pedimos à Alepe que tente estabelecer contato com o Executivo e nos dê uma posição sobre esse planejamento”, reforçou a representante dos analistas, Sandra Costa.
Da redação do Portal com informações da Alepe