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Acompanhe ao vivo o depoimento do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, na manhã desta quarta-feira, 11 de maio, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da covid-19.

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Em sua apresentação inicial, Fabio Wajngarten afirmou que toda a participação que teve em negociações para a aquisição de vacinas foi feita de “forma republicana”. Ele disse que tentou ajudar, conversando com a Pfizer e levando o assunto ao presidente Jair Bolsonaro.

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>>> Presidente da Anvisa confirma que existiu sugestão de mudança na bula da cloroquina

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Depoimento de Barra Torres

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, confirmou à CPI da Pandemia, nesta terça-feira, 11 de maio a versão apresentada pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta de que houve uma sugestão para alteração da bula da cloroquina para indicá-la ao combate da covid-19.

O assunto foi trazido inicialmente na comissão pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) e, segundo a testemunha, o episódio ocorreu numa reunião no quarto andar do Palácio do Planalto, que contou com a participação do então chefe da Casa Civil, general Braga Netto.

A ideia partiu da médica Nise Yamaguchi, o que provocou “uma reação pouco elegante”, disse o presidente da agência. O especialista explicou que a alteração seria impossível, pois só quem pode modificar uma bula de um medicamento registrado é a agência reguladora do país de origem, desde que solicitado pelo detentor do registro.

“Agora, eu não tenho a informação de quem é o autor, quem foi que criou, quem teve a ideia. A doutora, de fato, perguntou sobre essa possibilidade e pareceu estar, digamos, mobilizada com essa possibilidade”, esclareceu. 

Indagado sobre o uso da cloroquina para o tratamento da covid-19, Barra Torres informou que existe no Brasil estudo em aberto sobre uso da substância, com previsão de término, apenas, em 31 de dezembro.

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“Até o presente momento, no mundo todo, os estudos apontam a não eficácia comprovada em estudos ortodoxamente regulados, ou seja, placebos controlados, duplo-cego e randomizados. Então, até o momento, as informações vão contra a possibilidade do uso na covid-19”, destacou a testemunha, que garantiu não ter sofrido interferência do presidente Jair Bolsonaro em relação ao assunto.