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Em audiência pública da Comissão de Esporte da Alepe, promovida na quarta, 15 de maio, autoridades alertaram sobre a necessidade de se investir em tecnologia para evitar casos de violência nos estádios de futebol e no entorno deles foi apontada como medida preventiva fundamental para Pernambuco.
De acordo com os participantes, as ferramentas disponíveis atualmente, como reconhecimento facial e instrumentos de interceptação de conversas por celular, nos dias que antecedem as partidas e nas datas dos eventos, podem ser um caminho eficaz na prevenção de crimes.
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Além disso, o monitoramento das redes sociais e o uso de drones nas imediações dos clubes também foram citados.
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Segundo o titular do Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo e Criminal do Torcedor, Flávio Fontes, muitas dessas medidas já têm sido adotadas em grandes festas, como no Carnaval, e vêm contribuindo no combate à criminalidade.
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“Se drones estivessem monitorando o trajeto do ônibus em que estava o time do Fortaleza, saberíamos que mais de cem torcedores esperavam os oito batedores da Polícia Militar”, argumentou.
Titular da Promotoria do Torcedor, o promotor José Bispo de Melo defendeu a instalação de mecanismos para reconhecimento facial na entrada dos estádios. Melo salientou que esse tipo de identificação já acontece em estádios de Minas Gerais e São Paulo.
“Peço a sensibilidade dos clubes para que façamos aqui em Pernambuco também. Isso facilita o trabalho da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário”, observou.
Para o presidente da Câmara de Vereadores do Recife, Romerinho Jatobá (PSB), “se os clubes não tiverem condições de arcar com a aquisição dos equipamentos para reconhecimento facial, a Federação (Pernambucana de Futebol) deveria custear”.
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Quanto ao trabalho das polícias, ele cobrou uma fiscalização maior das redes sociais de torcedores.
“É fácil de identificar isso. Tem um Instagram específico, em que as torcidas organizadas marcam os seus confrontos”, frisou.
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Com relação à proposta para implantação de leitores faciais, o presidente do Clube Náutico Capibaribe, Bruno Becker, explicou não haver qualquer resistência da entidade à medida em si.
“Eu acho que é um caminho sem volta. Agora, isso gera um custo. E aí a gente precisa, sobretudo o Náutico, na série C, de uma ajuda financeira”, ponderou.
Sobre a questão da segurança dentro dos estádios locais, de um modo geral, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, reforçou ser o Estado um dos mais seguros do Brasil.
“Deixo claro que me refiro aqui à existência de ocorrências ‘dentro’ dos clubes. Agora, no entorno deles, o que nós temos é uma questão estrutural de violência pública”, comentou.