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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, desistiu de adotar regras mais rígidas de confinamento no país durante a Páscoa. A medida visava a frear a disseminação da covid-19.

Em pronunciamento na última quarta-feira, 24 de março, Merkel afirmou que a proposta foi um “erro”, e pediu desculpas aos alemães pela incerteza provocada pelo anúncio. “Eu sou responsável por esse erro”, declarou. Disse que o país precisa desacelerar a taxa de transmissão do coronavírus, mas que a ideia de impor lockdown não foi adequada.

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Na terça-feira, 22 de março, depois de uma reunião da chanceler com governadores de Estados, foram anunciadas medidas mais restritivas até o dia 18 de abril, com antecipação do feriado de Páscoa. Entre as regras estava um confinamento rígido de 5 dias durante a Semana Santa, com fechamento de comércios e serviços religiosos.

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Uma terceira onda de novas infecções e internações por covid-19 e o temor à disseminação da variante britânica do coronavírus (B.1.1.7) foram elementos levados em conta para o anúncio. O país viu a taxa de contágios quase dobrar no último mês, depois do afrouxamento das medidas de isolamento social adotadas no fim de fevereiro.

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O instituto Robert Koch, agência de vigilância sanitária do país, informou na 2ª feira (22.mar) que a média móvel nacional de casos diários aumentou para 107,3 por 100 mil habitantes, depois de ter caído para 56,8 em 19 de fevereiro. Dos 16 Estados do país, 10 estão acima de 100 casos por 100 mil habitantes, o que permite a adoção de medidas mais rígidas.

O porta-voz do governo da Alemanha, Steffen Seibert, publicou em seu perfil no Twitter uma parte do pronunciamento de Merkel. Assista, em alemão:

A decisão que mais chamou atenção, e a mais criticada, foi o fechamento total na Semana Santa. Algumas das redes de supermercados mais conhecidas do país criticaram a medida e previram filas e aglomerações antes dos dias de fechamento. O comércio varejista reagiu energicamente depois de saber das novas restrições.

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Seus porta-vozes argumentam que as lojas estão cumprindo as medidas de segurança e que não há contágios em suas instalações. Duas semanas atrás, o comércio não essencial pôde reabrir depois de ter permanecido fechado desde meados de dezembro. As lojas exigem hora marcada ou restringem a capacidade e não permitem a entrada de ninguém sem deixar seus dados pessoais.

A chanceler anunciou também que o confinamento que está em vigor na Alemanha desde novembro vai até 18 de abril, com o fechamento de bares, restaurantes, academias, cinemas e museus. Os políticos também acordaram exigir que todos os viajantes tenham um teste PCR negativo ao chegarem de qualquer país do mundo, mesmo que não seja considerado de risco.

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Da redação do Portal com informações do El País