Recentemente, a Alfa Romeo se viu envolvida em uma polêmica com o governo italiano devido ao nome escolhido para seu mais novo SUV elétrico, o Milano. A controvérsia se deu em virtude de uma lei italiana que proíbe o uso de nomes de cidades italianas em produtos que não sejam fabricados no país correspondente. No caso, o nome Milano remete à cidade de Milão, porém o veículo é produzido na Polônia, o que desencadeou uma reação por parte das autoridades italianas.

Pressão do Governo e Mudança de Nome

O governo italiano pressionou a Alfa Romeo, argumentando que a lei é clara quanto à necessidade de evitar indicações falsas aos consumidores. Diante da ameaça de processos e outras complicações legais, a montadora decidiu renomear o veículo de Milano para Júnior. Essa mudança, apesar de repentina, foi uma tentativa de evitar problemas legais e controvérsias adicionais.

No entanto, a Stellantis, empresa-mãe da Alfa Romeo, defende a escolha do nome Júnior, afirmando que ele já foi utilizado anteriormente e possui um histórico dentro do grupo. Apesar disso, a mudança de nome reflete as complexidades legais e regulatórias que as empresas automotivas enfrentam ao lançar novos produtos em diferentes mercados.

Detalhes do Modelo e Local de Produção

O Júnior, ex-Milano, é um modelo baseado em plataforma modular e compartilha o mesmo conjunto mecânico encontrado no Peugeot 208 e 2008. Sua produção ocorre na mesma fábrica responsável pelo recém-lançado Lancia Y e pelo Jeep Avenger. Embora detalhes específicos sobre o veículo ainda não tenham sido divulgados, sua mudança de nome certamente gerou engajamento e interesse entre os entusiastas e consumidores.

Essa treta entre a Alfa Romeo e o governo italiano destaca as nuances envolvidas no lançamento de novos produtos, especialmente quando se trata de questões legais e regulatórias em diferentes países. Apesar dos obstáculos, o Júnior representa mais um passo da montadora rumo à inovação e à expansão de sua linha de veículos elétricos.