Após vários acontecimentos de violência em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, com episódios de assaltos e agressões, moradores do bairro organizam uma iniciativa de “força-tarefa” para combater a criminalidade com as próprias mãos. O grupo de “justiceiros” combina estratégias nas redes sociais e prevê até o uso de armas brancas. (Assista vídeo abaixo).

A iniciativa ocorreu após a repercussão do assalto e da agressão sofrida pelo comerciante Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, no sábado, 2 de dezembro. O idoso estava a caminho da academia, quando percebeu que uma mulher estava sendo assaltada por um bando.

A ação dos criminosos provocou uma onda de revolta e levou algumas pessoas a sugerir mais violência para combater os furtos e assaltos. Um perfil no Instagram está postando imagens de suspeitos, inclusive com seus números de CPF. Algumas das fotos são de menores de idade que, segundo a página, já cumpriram medidas socioeducativas pela prática de delitos.

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Vídeos de pessoas que estariam atrás de acusados de cometer crimes na zona sul também circulam pelas redes sociais.

“Olha, metendo o pau no menor lá. Já ‘engravataram’, pegaram o moleque aqui e meteram o pau. Estão indo atrás dos outros”, diz um homem que narra o vídeo de uma perseguição no bairro de Botafogo, vizinho à Copacabana.

Através das redes sociais, um dos líderes da movimentação, William Correia, gravou um vídeo convocando outros voluntários a irem para as ruas enfrentar os criminosos.

“E aí, rapaziada de Copacabana, qual vai ser? Vamos deixar os caras fazer o que querem aqui no nosso bairro mesmo? Cadê a nossa rapaziada de 2015 que botou esses caras pra correr? E aí? Vai esperar ser o nosso pai, o nosso avô, teu pai, alguém da tua família? Tomar um soco na cara e ficar por isso mesmo, ninguém fazer nada? Polícia não pode fazer nada, prende e solta”, afirmou Correia.

Em um dos grupos tiveram várias mensagens dos integrante na caça aos assaltantes.

“A parada é sentar o sarrafo no fim de semana. Quebrar uns 10, deixar hospitalizado, que aí dão um jeito de meter o Exército nos pontos de ônibus e para a bagunça. Tem que ser algo de volume”, escreveu um dos integrantes do movimento.

Nos últimos 10 dias, somente em Copacabana, a PM do Rio encaminhou 150 pessoas para delegacias da região e retirou 11 facas de circulação. Quatro pessoas foram presas e seis adolescentes infratores foram apreendidos.

Assista vídeo: