A deputada federal Clarissa Tércio, lançou, no sábado, 2 de setembro, sua pré-candidatura à Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, além de passar a assumir a liderança do Partido Progressista (PP) na cidade.

Cogitada para disputar à Prefeitura do Recife, Clarissa se viu preterida por outros nomes como André Ferreira (PL) e Gilson Machado (PL) na capital. Em Jaboatão, a parlamentar está em uma situação difícil sem poder ter o apoio de seu grande ídolo político, o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem defendeu e apoiou publicamente em vários momentos.

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Natural receptor da benção de Bolsonaro, o atual prefeito Mano Medeiros, do Partido Liberal, vem mostrando seu potencial na articulação política, em especial, na Câmara de Vereadores, onde tem a maioria dos legisladores municipais ao seu lado. Tendo como padrinho político o ex-prefeito Anderson Ferreira (PL), o apoio de Bolsonaro a Medeiros é o cenário tido como certo.

O fato é que com um futuro pleito em Jaboatão com Clarrisa, Mano e o ex-prefeito Elias Gomes – possível candidato pelo PT -, essa deve ser uma das eleições mais acirradas na cidade com o terceiro maior PIB  (Produto Interno Bruto) e a segunda maior população de Pernambuco.

O atual partido de Clarissa foi da base do governo Paulo Câmara (PSB), sendo o segundo maior na Alepe, na época da gestão do ex-governador.

De relações abaladas com Anderson Ferreira, Clarissa e o esposo, o deputado estadual Junior Tércio (PP), já chegaram a afirmar em uma live, em abril de 2022, que foram barrados no PL, porque Junior tiraria votos de um dos deputados federais. Indiretamente, Anderson chegou a dizer que “não existe porta fechada” e que “cada qual cria a narrativa para justificar as decisões”.

Clarissa e as polêmicas

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Envolta em muitas polêmicas, chegando até a ser citada em investigação do Ministério Público Federal por suposto incentivo aos atos de 8 de janeiro, a agora pré-candidata amargou muitas críticas e rejeição popular em um dos eventos mais desgastantes para ela em 2020, quando Clarissa e outras figuras políticas protestaram em frente ao Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no Recife, pedindo que um aborto legal em uma criança de 10 anos, vítima de estupro, não fosse realizado.

O procedimento, que tinha respaldo legal por ser uma gravidez fruto de estupro e por colocar em risco a vida da criança, também foi autorizado pela Justiça Estadual do Espírito Santo.