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Chamado a explicar no Plenário do Senado as ações do governo no combate à pandemia de covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, centrou sua exposição, na quinta-feira (11), na promessa de que o Brasil “em breve” estará entre os países mais imunizados contra o novo coronavírus. Ele prometeu que toda a população será vacinada até o fim do ano.

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse à imprensa que as explicações do ministro são importantes no momento em que se avalia a criação da CPI da Covid, para investigar as ações e omissões do governo no enfrentamento à pandemia. A senadora Rose de Freitas (MDB-ES) apresentou requerimento pela convocação de Pazuello, o que obrigaria a participação do ministro. No entanto, após apelo do líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Rose substituiu a convocação por um convite. Depois da exposição do ministro, os senadores o questionaram sobre as ações do governo.

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Em sua fala inicial, Pazuello prometeu que o país estará logo entre os primeiros países do mundo em número de vacinados contra a covid-19. Até o momento, disse, já foram distribuídas 11 milhões de doses de vacinas, sendo que cinco milhões já foram aplicadas na população. O ministro reconheceu que as doses de que o Brasil dispõe são insuficientes, mas garantiu que o governo vai adquirir todos os tipos de vacinas contra a doença para promover a imunização. Ele também reconheceu ser preciso produzir vacinas em território nacional, a fim de reduzir custos e evitar que o Brasil fique na dependência de outros países.

“Estaremos muito em breve entre os primeiros países do mundo em números totais e percentuais. Estão funcionando entre 27 e 38 mil postos de vacinação, temos duas fábricas da Fiocruz e Butantan produzindo imunizantes. Temos negociações com outros laboratórios. Para vacinar nosso país, com a nossa população, precisamos fabricar vacinas. Esse é o verdadeiro destino do nosso país. Vamos fabricar vacinas para o Brasil e a América Latina. Não podemos contar com laboratórios que nos vendam apenas as vacinas. Temos que compreender que os números não são suficientes para atender o país. Vamos comprar todas [vacinas]. Teremos muitas vacinas diferentes e dificuldade de coordenar as ações no país”, afirmou.

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Aquisição das vacinas

O ministro da Saúde apresentou um cronograma de vacinação e falou sobre o andamento das negociações entre o Brasil e outros países para a aquisição de imunizantes.

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“O Butantan está fabricando entre oito e doze milhões de doses por mês, com entrega a partir de 15 de fevereiro. Da AstraZeneca, o que recebemos já está na linha de produção. Negociamos a segunda etapa, que fica pronta até março. Até lá, serão doses importadas. As negociações complementarão 30 milhões de doses por mês, isso é o que esperamos para março”, afirmou.

Pazuello disse que o Brasil esteve focado na compra das vacinas para imunizar a população, mas observou que essa “ideia foi quebrada nos últimos 90 dias em razão do avanço da doença pelo mundo”.

“Na Europa, países com estrutura maior que a nossa estão apresentando números de contágio e óbitos inacreditáveis. No Reino Unido foram 115 mil óbitos. No Brasil, mais de 235 mil. Comprovamos em Manaus a nova variante do vírus que se espalha pelo país. As vacinas atuam contra a variante, que é três vezes mais contagiosa. Mas a esperança continua sendo a nossa vacina”, continuou.

Fonte: Agência Senado