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Seis servidores do Governo do Estado e dois empresários foram denunciados pelo Ministério Público Federal nesta quarta-feira (26), eles são suspeitos de desviar verbas públicas destinadas à compra de cobertores para vítimas das enchentes de 2010 em Pernambuco. Entre os alvos do órgão, o ex-chefe da Casa Militar entre os anos de 2007 e 2015, e ex-interventor de Gravatá, coronel Mário Cavalcanti de Albuquerque, o ex-secretário executivo da pasta, Waldemir José Vasconcelos de Araújo e o presidente da Comissão Permanente da licitação da Casa, Laurinaldo Félix Nascimento.

Segundo as investigações, decorrentes da Operação Torrentes, deflagrada em novembro passado, os servidores simularam uma carta convite, instrumento em que a administração que convida empresas a realizarem serviços públicos, a quatro empresas, todas pertencentes ao grupo familiar de Joseleide Neiva, o que é proibido de acordo com a lei de Licitações.

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O MPF acusou ainda os militares Paulo Estevam Vilela, Rolney Feitosa de Souza e Marcos Guedes Calé, integrantes da Comissão de Recebimento de Materiais da Casa Militar à época e o casal de empresários Rogério Fabrizio Roque Neiva e Joseleide Gomes Neiva, sócios-administradores da empresa RJ Comércio de Eletrodomésticos, beneficiados no esquema criminoso. Eles teriam fraudado a licitação de compra de 84.720 cobertores e usado documentos falsos para desviar recursos públicos. O prejuízo aos cofres públicos foi superior a R$ 3 milhões, em valores atualizados.

Por causa do preço superfaturado, a Casa Militar pagou, com dinheiro público, R$ 1,3 milhão à RJ Comércio enquanto o valor deveria ter sido de R$ 682 mil. As vítimas, no entanto, não chegaram a receber nenhum cobertor referente à compra

Segundo o MPF, os denunciados forjaram o recebimento da mercadoria, na denúncia, o Ministério Público pede à Justiça Federal a condenação dos envolvidos e a reparação do dano, no valor atualizado de R$ 3,081 milhões.

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A investigação teve início no ano de 2016, a partir de um relatório elaborado pela Controladoria-Geral da União, com relação a gastos efetuados pela Casa Militar de recursos repassados pela União na “Operação Reconstrução”, para assistência às vítimas das enchentes que devastaram diversos municípios da mata-sul pernambucana em junho de 2010, no valor de R$ 450 milhões.

Em um vídeo que tem circulado nas redes sociais, falando sobre a história do Palácio do Campo das Princesas, o ex-governador Miguel Arraes (PSB), é citado, a gravação afirma que a sede do governo tem a história “manchada por suspeitas de corrupção pelo atual governo”, é ainda possível ouvir a voz do postulante a governador Armando Monteiro, “Tanta mentira levou Pernambuco a andar para trás. O problema não é o nosso Estado, é o governador”, acusa Armando no guia eleitoral.