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Pela segunda vez, a Justiça determinou que o Ministério da Saúde alerte a população sobre informações falsas a respeito de feijões que, supostamente, curariam a Covid-19. Os grãos são comercializados pelo pastor Valdemiro Santiago, chefe da Igreja Mundial do Poder de Deus.

A decisão foi tomada pelo Ministério Público Federal (MPF) no plantão judicial e divulgada no dia 1º de janeiro.

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Na época do primeiro pedido, o Ministério da Saúde chegou a publicar um alerta sobre a informação falsa de que os feijões comercializados pelo pastor Valdemiro Santos curavam a Covid-19. No entanto, o alerta foi removido após poucos dias no ar.

Portanto, o MPF pede mais uma vez que a pasta emita o alerta no site. Pois, a Justiça constatou, que a Saúde chegou a publicar um texto sobre alimentação e fake news, que destaca a importância de comer de forma saudável e da atenção ao compartilhamento de notícias falsas. No entanto, o texto em nenhum momento menciona a venda dos feijões comercializados por Valdemiro.

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>> MPF quer que pastor Valdemiro Santiago pague indenização por anúncio de falsa cura da covid-19

O procurador responsável pela ação, Pedro Antonio de Oliveira Machado, ressaltou que a Saúde precisa ser “clara e explícita, não deixando qualquer dúvida” sobre a população a respeito do caso. A pasta tem cinco dias para publicar o aviso no site da Saúde, podendo pagar multa diária de R$ 5 mil.

“Este é o objeto do próprio plano de contingência da União, e também um dever de lealdade para com a população brasileira, em momento tão dramático da história mundial, com o Brasil já ultrapassando mais de 190 mil mortes motivadas pela Covid-19, além daquelas ocorridas indiretamente em razão da pandemia”, ressaltou o procurador.

Indenização

Além de determinar que o Ministério da Saúde alerte a população, a Justiça decidiu que o pastor Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus paguem indenização de ao menos R$ 300 mil por danos sociais e morais coletivos.

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Valdemiro chegou a citar o caso de um fiel cuja recuperação plena da doença usando os feijões estaria comprovada por um atestado médico. O pastor comercializa os feijões por valores entre R$ 100 e R$ 1 mil, segundo a Justiça, alegando que os grãos devem ser plantados para gerar efeitos terapêuticos contra o coronavírus.

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