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A síndrome do pânico ou transtorno de pânico, classificado como CID 10 F41, é caracterizado por ataques recorrentes de uma ansiedade grave. Os ataques de pânico são períodos de medo que podem ser acompanhados de palpitações, suores, tremores, falta de ar intensa e pensamentos de morte. Esses sintomas surgem inesperadamente e persistem por alguns minutos.

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O transtorno do pânico atinge mais as mulheres, representando 75% dos casos, entre pessoas de 20 a 35 anos, e também tem grande percentual entre adolescentes. As estatísticas mostram de 2% a 4% da população possui esse transtorno.

Existe uma verdadeira “fake news” do cérebro, pois esse emite sinais que a pessoa está doente e muitos desses fisicamente, fazendo com que o indivíduo entre em desespero, achando que está tendo um infarto e chegou a hora da morte. Tudo ilusão!

Pessoas com pânico do “nada” gritam, surtam. Dentro do avião, do elevador, dentro dos restaurantes, não existe lugar seguro. Recentemente, um ator global, Marcelo Serrado, relatou a sua “luta” dentro de uma aeronave e citou que foi acolhido por um passageiro que não sabia que ele estava em crise.

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A ideia desse artigo não é exibir o caráter científico e gatilhos do pânico, e sim como acolher esse sofredor.

Recentemente, após sair de uma palestra, percebi, em meio a uma pequena multidão, uma mulher sendo abanada, pois estava com falta de ar, pouca respiração e suando, ela estava no pico de uma crise de pânico. Pedi a todos que se afastassem e iniciei o processo de acolhimento e também usei algumas técnicas. Iniciei uma breve conversa com a mulher que estava em desespero e agonia. Em menos de três minutos, aquela senhora estava livre dos pensamentos horrorosos e da mazela.

Muita gente tem pedido socorro quando está na crise, mas nem sempre dá tempo de estancar a crise buscando o socorro médico, pois isso pode ocorrer em qualquer lugar, até numa festa. Tive uma paciente que o pânico atacou na festa de noivado do seu filho, a crise foi tão brava que ela foi internada. Nesse caso, um gatilho foi acionado.

Nas crises de ansiedade e pânico, chegue junto, converse, busque relaxar a pessoa, tente dizer palavras amáveis e retire ela dos pensamentos negativos. Às vezes o abraço não é aconselhável, e sim as palavras. Peça para pensar em coisas boas, em momentos bons, isso já será uma grande ajuda até encontrar um profissional qualificado.

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