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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou na quarta-feira, 24 de maio, que o Brasil deve assinar, até o fim do ano, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

Segundo o chanceler, o governo brasileiro está examinando um documento enviado pelos europeus com novos itens ambientais, que desequilibrariam as negociações.

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“Desejamos um instrumento equilibrado, com ganhos concretos para ambos os lados, tanto em matéria de comércio como de investimentos. Ao mesmo tempo, não aceitamos que o meio ambiente – preocupação legítima e que compartilhamos – seja utilizado como pretexto para exigências despropositadas, para a adoção de medidas de viés protecionista ou, no limite, para retaliações descabidas”, afirmou durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

O chanceler Mauro Vieira lembrou que o país já se reintegrou à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e defendeu a Unasul, dizendo que muitas crises foram resolvidas no âmbito do grupo. Ele lembrou o compromisso de Lula – durante a campanha eleitoral – de revalorizar a integração regional.

“Estamos cientes de que há diferentes expectativas e visões na região em relação à integração, mas estamos também convencidos de que há denominadores comuns, a começar pelo reconhecimento da necessidade de trabalhar conjuntamente com nossos vizinhos imediatos para fazer frente aos múltiplos desafios que compartilhamos”, disse Vieira.

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Conflito Rússia e Ucrânia

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Viera destacou ainda que o país adota um “equilíbrio construtivo” na posição sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, ao mesmo tempo condenando a invasão do território ucraniano e criticando o que chamou de “cancelamento” da Rússia pela comunidade internacional, o que dificultaria o diálogo pelo fim da guerra.

Durante a cúpula do G7, realizada no último fim de semana em Hiroshima, no Japão, havia previsão de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrasse com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

O encontro não ocorreu. A organização de uma reuniãoentre Brasil e Ucrânia foi inicialmente um pedido do país europeu.

Balanço

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O ministro das Relações Exteriores disse que já se encontrou com 90 interlocutores estrangeiros e que o presidente Lula manteve conversas com representantes de 30 países.

O chanceler citou ainda negociações com os países sul-americanos sobre segurança das fronteiras e com os Estados Unidos sobre mudanças climáticas.

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Agência Brasil