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Após audiência na 1ª Promotoria de Justiça de Gravatá, o presidente da Câmara Municipal, Leonardo José da Silva, se comprometeu a prorrogar por mais dois anos o prazo do último concurso público realizado pelo legislativo municipal, com data para expirar no próximo dia 18 de abril. Ainda foi pactuado o acordo entre o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Câmara de Gravatá de que todos os candidatos aprovados, dentro do número de vagas previstas no Edital, serão nomeados até 31 de dezembro de 2022. 

Até o momento, foram nomeados apenas dois aprovados no concurso, que ocorreu em 2019. De acordo com o presidente da Câmara, não houve mais nomeações em virtude da Lei Complementar (LC) que vedou o aumento de despesa com pessoal até 31 de dezembro de 2021. Ele ainda assumiu o compromisso de nomear os candidatos aprovados no cadastro de reserva, no prazo de dois anos, da data da prorrogação, conforme surgir a necessidade dos serviços ao Legislativo Municipal.

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Segundo a promotora de Justiça Katarina Gouveia, com a proximidade do término do prazo de vigência do concurso, muitos candidatos aprovados procuraram o MPPE. “Estavam preocupados que não houvesse a prorrogação do prazo, e, consequentemente, deles perderem a oportunidade de serem nomeados”, contou a promotora de Justiça.

Saiba mais Sobre a Dénuncia  

A Câmara Municipal de Gravatá foi denunciada em 10 de fevereiro, no Ministério Público Estadual de Contas do Estado de Pernambuco (MPCO), sob o protocolo GEPR N° 119/22, onde denunciam que vereadores aprovaram projeto de lei, autorizado a criação de dezoito cargos comissionados (CC- 01), em desacordo e desobediência ao que determina a Lei Federal.

As irregularidades foram apontadas pela Delegada Patrícia Domingos que foi responsável por 49 prisões de políticos, de funcionários públicos e empresários que participavam de esquema corrupto que as autoridades mantinham no Estado, dos radialistas Ângelo Marcio e José Fábio e de Rodolfo Silva.

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Ver mais:
>> CPI da Câmara Municipal vai investigar denúncias de cargos públicos na Prefeitura de Ipojuca em benefício do deputado Romero Sales

Um relatório de Gestão Fiscal da Câmara de Vereadores de Gravatá no Período de referência 3º quadrimestre do exercício: 2021, publicado no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI), aponta a Despesa Total com Pessoal (DTP), da ordem de R$ 6.893.886,72 (seis milhões oitocentos e noventa e três mil oitocentos e oitenta e seis reais e setenta e dois centavos), despesa extremamente excessiva para uma Câmara do tamanho da de Gravatá/PE, cujos cargos são ocupados em sua maioria absoluta, 99%, em comissão. Note-se a disparidade da despesa com pessoal inativo e pensionista, da ordem apenas de R$ 39.600,00 (trinta e nove mil e seiscentos reais), demonstrando a pequena parcela de funcionários efetivos que estiveram na ativa na Câmara Municipal de Gravatá.

Curiosamente, o último Concurso realizado pela Câmara Municipal de Vereadores, na gestão de Léo do Ar, foi no ano de 2019, para o provimento de 96 (noventa e seis) cargos, sendo apenas 16 (dezesseis), quantidade inferior aos cargos em comissão criados pela Lei Municipal nº 3856/2021, que foram 18 (dezoito), para convocação imediata, e, 80 (oitenta) para cadastro de reserva, ou seja, o Sr. Presidente declarou que, a Casa, só precisava de 16 (dezesseis) funcionários de imediato.

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As informações foram apresentadas nas redes sociais da delegada Patrícia Domingos.