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O prefeito de São Simão em Goiás, Francisco de Assis Peixoto (PSDB), pediu afastamento do cargo por 90 dias, após ser preso por suspeita de crimes sexuais. O advogado Edmundo Dias afirma que o prefeito sofreu um aneurisma há algum tempo e que tem hipertensão.

Segundo informações do portal G1, o presidente da Câmara de São Simão, Lucas Barbosa, recebeu o pedido de afastamento do prefeito na segunda-feira (9) e apreciará a solicitação em reunião com vereadores nesta terça-feira (10).

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Peixoto está preso desde o dia 28 de julho no presídio em Aparecida de Goiânia. Segundo o Ministério Público de Goiás, sete pessoas já o denunciaram. Os relatos serão apresentados à Justiça até esta sexta-feira (13). Entre as denúncias, está o caso de um adolescente de 15 anos com quem o prefeito fez várias videochamadas e chegou a mostrar suas partes íntimas. A mãe do rapaz decidiu acionar a polícia.

“Ele fez outra videochamada, aí mostrando as partes íntimas dele. Teve outra videochamada. Só que meu filho foi tão inteligente que ele gravou a chamada. Falei: ‘Meu filho, isso é caso de polícia, não está certo'”, declarou ela.

Prefeito preso por suspeita de pedofilia pede afastamento do cargo

Prefeito preso por suspeita de pedofilia pede afastamento do cargo. Foto: Divulgação

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O adolescente afirmou ainda que o prefeito pediu para marcar um encontro com ele.

“[Eu] Não esperava que [ele] aparecesse pelado. Depois que nós terminamos a ligação, ele falou que queria colocar o trem dele em mim, falou que queria marcar encontro”, relatou.

O jornalista Luís Manuel Lima de Araújo, de 30 anos, também somou seu depoimento às denúncias, afirmando que foi abusado por Assis de 9 até os 16 anos de idade dele.

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“Na primeira vez, eu estava cercado [por] meus amigos na piscina, brincando, conversando. Eu tinha [de] 9 para 10 anos de idade, quando ele segurou minha mão por debaixo da água e levou minha mão até a sunga dele. E eu pude notar que ele estava excitado sexualmente”, relembrou Araújo.

Veja os crimes em que Assis Peixoto é investigado:

  • Artigo 241A do Estatuto da Criança e do Adolescente: Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. A pena é de prisão de quatro a oito anos, e multa;
  • Artigo 215A da Lei 2848: Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro, com pena de reclusão de um a cinco anos de prisão.