Estratégia

Tabata Amaral investe R$ 1,2 MILHÃO em marqueteiro para fazer ataques contra Marçal

A produção dos vídeos da candidata é conduzida pelo profissional de marketing Pedro Simões, de 37 anos.

5 SET 2024 • POR Isabella Lopes • 14h36
Tabata Amaral e Pablo Marçal   Foto: Arte/Portal de Prefeitura

A campanha de Tabata Amaral (PSB) á prefeitura de São Paulo está ganhando destaque pelos vídeos em que a candidata confronta seu adversário Pablo Marçal (PRTB), que vem crescendo nas pesquisas. 

Os vídeos sempre bem produzidos e com discursos fortes contra Marçal, associando-o ao crime organizado e questionando a origem de sua riqueza, se destacam da abordagem mais comedida adotada pelos outros candidatos em relação ao nome do PRTB. 

A produção dos vídeos de campanha da candidata Tabata Amaral é conduzida pelo marqueterio Pedro Simões, de 37 anos. Ele assumiu o cargo após o rompimento de Tabata com o argentino Pablo Nobel, em abril. 

Segundo o Metrópoles, a campanha da candidata Tabata Amaral pagou R$ 1,2 milhão à Palavra Comunicação e Marketing, empresa do marqueteiro. 

Justiça eleitoral tira do ar prefis de Marçal 

A Justiça Eleitoral mandou tirar do ar perfis de Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de São Paulo, nas redes sociais. A decisão é liminar, ou seja, provisória. Ele ainda pode recorrer.

As contas no Instagram, YouTube, TikTok e X e o site da campanha serão removidos.

Os perfis ainda estão disponíveis porque, embora a decisão tenha efeito imediato, as plataformas só têm o dever de cumpri-la após serem formalmente notificadas. A multa diária em caso de descumprimento é de R$ 10 mil.

Pablo Marçal abriu uma transmissão ao vivo no Instagram neste sábado, 24, para anunciar que perderia acesso às redes e criticou a decisão: "Coisa desconectada da realidade".

O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1.ª Zona Eleitoral, menciona indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na remuneração de usuários para produzir "cortes" e divulgá-los nas redes.

Na avaliação do magistrado, não há transparência sobre o fluxo de recursos usados na monetização do material. "Conste que ha´ documento demonstrando que um dos pagamentos proveio de uma das empresas pertencentes ao requerido Pablo, o que pode configurar uma série de infrações."

A decisão menciona ainda que a estratégia usada pela campanha de Pablo Marçal parece gerar desequilíbrio em relação aos demais candidatos.

"'Monetizar cortes' equivale a disseminar continuamente uma imagem sem respeito ao equilíbrio que se preza na disputa eleitoral. Notadamente o poderio econômico aqui estabelecido pelo requerido Pablo suporta e reitera um contínuo dano e o faz, aparentemente, em total confronto com a regra que deve cercar um certame justo e proporcional", escreveu o juiz.

Nas redes, antes de perder acesso aos perfis, Pablo Marçal disse que decisão não tem fundamento.

Os perfis afetados estão envolvidos na monetização dos "cortes". A decisão ressalva que Pablo Marçal pode criar novas contas para propaganda eleitoral, desde que não retome a estratégia.

A decisão liminar atendeu a um pedido da campanha de Tabata Amaral (PSB). Em nota, ela afirmou que a Justiça Eleitoral aponta que "há suspeitas concretas de que o Marçal fez uso de recursos ilegais para se promover nessas eleições". "Basicamente, Pablo caiu no antidoping", diz a manifestação.

A candidata também pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário das empresas de Marçal, o que foi negado pelo juiz.