Posição

BOLSONARO afirma que CASSAR MINISTRO do STF "não é bom" e que processo de IMPEACHMENT é "humilhante"

Embora não tenha mencionado o nome do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente sugeriu que um dos magistrados da corte deveria ser menos combativo.

4 SET 2024 • POR Ricardo Lélis • 20h10
O então presidente Jair Bolsonaro cumprimenta o ministro do STF, Alexandre de Moraes   Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira, 4 de setembro, que cassar um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) "não é bom", e descreveu a discussão sobre impeachment como "humilhante".

“Peço a Deus que toque o coração dos onze ministros e os onze ministros busquem uma alternativa entre vocês. É humilhante falar em impeachment, eu sei disso. Cassar um ministro não é bom”, afirmou o ex-presidente. 

Embora não tenha mencionado o nome do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro sugeriu que um dos ministros deveria ser menos combativo.

Além disso, Bolsonaro recomendou que os ministros do STF exerçam "autocontrole".

“Os onze ministros têm que se policiar; os dez têm que chegar para esse um e falar: ‘não dá mais, chega, acabou sua cota, chega’, porque o STF está enfrentando uma enorme desconfiança. A gente não quer isso. A gente quer um Supremo vibrante e que defenda a Constituição”, disse.

Essas declarações ocorrem em meio a críticas de seus seguidores à suspensão da plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter) no Brasil por Moraes.

Segundo a CNN Brasil, fontes próximas a Bolsonaro comunicaram ao STF que ele não apoiará o pedido de impeachment de Moraes no evento programado para o dia 7 de setembro pelos seus apoiadores e aliados.

Critica de Bolsonaro à PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no dia, 19 de agosto, fez publicação em seu perfil da rede social X, onde comenta sobre a Polícia Federal ter pedido os dados pessoais do deputado federal André Fernandes (PL-CE), ao X, sem apresentar ordem judicial.

André Fernandes, está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Eleitoral (STF), suspeito de ter incentivado os atos do 8 de janeiro.

No entanto, segundo informações da CNN Brasil, a rede social X, em 5 de abril, negou o pedido da PF, afirmando que este ato violaria os artigos 10, 15 e 22 do Marco Civil da Internet.  

"As operadoras do X estão impossibilitadas de fornecer os registros de acesso, até que seja proferida uma ordem judicial fundamentada e com indicação de período e descrição da utilidade, de forma a atender à exigência criada pelo legislador para o regular trâmite do procedimento de quebra de sigilo. Não se trata de preciosismo formalista, mas unicamente de observação atinente à obrigação legal imposta à empresa no tratamento de dados de usuários", resposta da rede social X. 

Ainda segundo a CNN Brasil, no documento da polícia federal, foram pedidos o nome, CPF, email, endereços, terminais telefônicos utilizados e/ou cadastros, dados bancários e do cartão de crédito cadastrados e logs de criação, contendo IP, data, hora, fuso horário e porta lógica da conta do usuário.

Em seu perfil do X, Bolsonaro perguntou ao seus seguidores, se era normal a PF fazer isso em sua democracia.

"Isso é normal no que dizem ser uma democracia?", perguntou Bolsonaro.