Lula é COBRADO por COMANDANTE do EXÉRCITO e destaca 'restrições orçamentárias' às Forças Armadas

Em seu discurso, o general Tomás Paiva ressaltou a dedicação contínua dos militares ao país, apesar das limitações financeiras.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou na quinta-feira, 22 de agosto, de uma solenidade em comemoração ao Dia do Soldado, realizada em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Durante o evento, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, fez cobranças públicas por mais recursos para as Forças Armadas, destacando as "restrições orçamentárias" que a caserna enfrenta. A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades civis e militares.

Em seu discurso, o general Paiva ressaltou a dedicação contínua dos militares ao país, apesar das limitações financeiras. Ele também homenageou a carreira militar, destacando seus desafios, como a necessidade de mudanças periódicas e a "pouca possibilidade de acumular patrimônio" ao longo da vida.

"Esse espírito perseverante e de doação integral à carreira é mantido incólume, mesmo sob os efeitos das restrições orçamentárias que atingem a todos. Apesar disso, não nos descuidamos da imperiosa necessidade de mais helicópteros, de mais blindados e de mais mísseis, meios militares imprescindíveis, que foram adquiridos de forma responsável e transparente", declarou Paiva, na cerimônia, lendo a Ordem do Dia. 

Embora o Dia do Soldado seja oficialmente celebrado no próximo domingo (25), as comemorações foram adiantadas. Além da cerimônia principal em Brasília, os Comandos Militares realizarão suas próprias cerimônias na sexta-feira.

Durante a cerimônia, Lula não discursou, mas participou da entrega da Medalha do Exército Brasileiro a três atletas que conquistaram pódios nas Olimpíadas de Paris, demonstrando apoio aos militares.

Essa não foi a primeira vez que o general Tomás Paiva criticou as limitações orçamentárias. Em 19 de abril, durante o Dia do Exército, o comandante também fez um apelo por "previsibilidade orçamentária" e mais investimentos em treinamento e equipamentos, em uma cerimônia que também contou com a presença de Lula.

Em outra ocasião, ao participar de uma audiência pública no Senado, o general reclamou da falta de recursos para alimentar a tropa, comparando a gestão dos quartéis com a das universidades federais.

"Grama cortada, quartel limpo, arrumado. Vamos entrar em uma universidade qualquer para ver como está, em termos de gestão. E ver quanto se gasta para manter um quartel e quanto se gasta para manter uma universidade", argumentou, na ocasião.