Medida

Presidente do TSE reforça parceria com MP para combater assédio eleitoral no trabalho

Segundo a ministra, o acordo melhorou o mecanismo de fiscalização e processamento dos casos denunciados.

12 SET 2024 • POR Everthon Santos • 16h05
Cármen Lúcia, presidente do TSE.   Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, anunciou nesta quinta-feira, 12 de setembro, durante sessão da corte, que assinou um aditivo para o acordo de 2022 com o Ministério Público do Trabalho (MPT) que combate o assédio eleitoral nos ambientes de trabalho.

Segundo a ministra, o acordo melhorou o mecanismo de fiscalização e processamento dos casos denunciados. José Lima, representante do MPT, afirmou que já foram recebidas 300 denúncias neste pleito.

O acordo prevê compartilhamento de informações, de notícias sobre o tema e de reclamações das respectivas ouvidorias. Além disso, os órgãos passam a trabalhar juntos em campanhas e na divulgação de materiais para combater o assédio eleitoral no ambiente de trabalho.

"Isto é crime eleitoral, um crime que não se admite", afirmou a ministra, que lembrou que, nas últimas eleições, vários casos foram denunciados.

No início deste ano, o empresário Luciano Hang foi condenado a pagar uma indenização de R$ 85 milhões sob a acusação de coagir funcionários a votarem em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018; o dono da Havan nega irregularidades

No mesmo discurso, Cármen Lúcia pediu que os maiores de 70 anos não deixem de votar, mesmo sem ter mais a obrigatoriedade constitucional. "Facultatividade não é descompromisso", afirmou. Segundo a ministra, sua geração viveu períodos de "não democracia", em referência à ditadura militar, e por isso deve lutar para preservar as conquistas democráticas.

Estadão Conteúdo