Ex-joia do SANTA CRUZ vira LÍDER RELIGIOSO após aposentadoria precoce

Natan defendeu o tricolor do Arruda por sete anos, conquistando os títulos da Série C, o tricampeonato Estadual e os acessos consecutivos da Série D à Segunda Divisão.

Vida nova. O ex-meio-campista Natan, considerado joia do Santa Cruz, teve sua carreira no futebol interrompida precocemente pelo acúmulo de lesões, e aos 33 anos leva uma vida "comum" para um ex-jogador de futebol. Atualmente, aposentado dos gramados, o ex-atleta trabalha como representante de uma importadora de pneus e tornou-se líder religioso de jovens. 

"Não é novidade para ninguém que sempre fui muito apegado com Deus e hoje foco também na Igreja, como líder religioso, e é muito bom influenciar a juventude, ajudá-los a crescer não só como pessoas, mas como profissionais, como seres humanos. É muito prazeroso. E o propósito é alimentar as pessoas espiritualmente. A gente tem a bíblia como padrão, e ser líder não foi uma decisão minha. Sempre estudei muito a palavra de Deus e aquilo que a gente tem aprendido ao longo dos anos a gente passa para a juventude, não forçando uma religiosidade. Acho que a religiosidade afasta mais as pessoas de Deus que aproxima, mas é sobre princípios. ", disse em entrevista ao GE.

Natan também compartilhou que em sua época de Santa Cruz, alguns companheiros tentavam relacionar suas lesões com sua disciplina na vida espititual.

"Muitos colegas de trabalho, por exemplo, dormiam tarde em boates, adulterando, e não se lesionavam. E aí muitas vezes eles (diretores) queriam achar o motivo para as lesões que eu tinha e colocavam a culpa na minha rotina espiritual, que não tem nada a ver. E eu achava super injusto, sabe? Porque tinha muitos colegas que chegavam embriagados, passavam a noite em claro às vezes, traindo as esposas, às vezes fazendo coisas ilícitas, desleais... Depois a gente descobriu os motivos das lesões, dezenas de lesões, por problemas físicos, biológicos."

O ex-jogador aposentou de maneira precoce devido as lesões que sofreu durante a carreira. Segundo ele, a última foi o ponto crítico para se afastar de vez dos gramados.  

"No final do ano sofri uma lesão muito grave, todo mundo sabe do histórico de lesões que tive na minha carreira. Mas nunca tinha tido uma lesão tão grave, tripla no joelho: ruptura de ligamento, lesão de menisco, edema ósseo, e por já ter passado por tantos momentos difíceis à questão física, optei por encerrar minha carreira de maneira prematura."

Foram sete anos defendendo a camisa do tricolor do Arruda, onde conquistou os títulos da Série C, o tricampeonato Estadual e os acessos consecutivos da Série D à Segunda Divisão. Além do clube pernambucano, defendeu o Cricíuma, Cuiaba, Sergipe, Decisão-PE e Vitória da Conquista.