Crime

Marido de deputada federal e dois PMs do BOPE são presos por suposta tentativa de compra de votos

Na delegacia, foram autuados pelos crimes de compra de votos e associação criminosa.

10 SET 2024 • POR Fernanda Diniz • 16h40
Polícia Federal.   Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal realizou nesta segunda-feira, 9 de setembro, uma operação que resultou na prisão do empresário Renildo Lima, marido da deputada federal Helena (MDB), uma advogada, dois policiais militares e duas outras pessoas pela prática de crimes eleitorais e associação criminosa armada.

Após receber informações enviadas pelo Disque-Denúncia, a equipe policial abordou dois veículos que circulavam em Boa Vista. Durante a busca, foram encontrados R$ 500 mil, material de campanha e documentos que confirmavam o destino do dinheiro apreendido. Os policiais militares, que estavam de folga, realizavam a segurança particular dos envolvidos e dos bens.

Os seis suspeitos foram presos em flagrante logo após realizar um saque no banco e estavam divididos em dois carros, conforme informou a Polícia Federal. 

Na delegacia, os seis foram autuados pelos crimes de compra de votos e associação criminosa. A Polícia Federal ainda não divulgou mais detalhes sobre a operação.

Outras ações da PF 

A Polícia Federal, por meio da delegacia no município de Salgueiro/PE, com o apoio da Controladoria-Geral da União – CGU, deflagrou nesta terça-feira (10/9) a Operação Mãos Fechadas com a finalidade de apurar a atuação de organização criminosa estabelecida em um município localizado no sertão do estado pernambucano, especializada na prática de crimes contra a administração pública e de lavagem de dinheiro, integrada por agentes públicos, servidores, empresários e particulares.

As investigações tiveram início em 2021, a partir do recebimento de informações de que empresas específicas, relacionadas a agentes públicos locais, estariam sendo beneficiadas indevidamente, e de forma habitual, com contratações para o fornecimento de alimentos, materiais de limpeza e de escritório à Prefeitura.

O trabalho investigativo abrange contratos públicos firmados entre os anos de 2017 e 2023, por meio dos quais foram repassados às empresas investigadas aproximadamente R$ 12 milhões.

Ao todo, 50 policiais federais e três auditores da Controladoria-Geral da União, cumprem doze mandados de busca e apreensão e de quebra de sigilos bancário e fiscal, além de medidas diversas da prisão, determinados pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Os crimes investigados são de formação de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, e de lavagem de dinheiro.

Com informações da PF.