Saúde

Pernambuco está na 3ª posição no ranking nacional de inserção de DIU

O lugar que o Estado ocupa consta no Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS), do Ministério da Saúde (MS), e aponta que, no período, os serviços ambulatoriais realizaram 3.623 inserções do dispositivo.

6 SET 2024 • POR Isabella Lopes • 15h04
  Foto: Paula Cavalcante

Pernambuco se destacou no cenário nacional ao ocupar o 3º lugar no ranking de inserção de Dispositivos Intrauterinos (DIU) por procedimento ambulatorial, com a análise dos dados do primeiro semestre deste ano. A posição de Estado consta no Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS), do Ministério da Saúde (MS), e aponta que, no período, os serviços ambulatoriais realizaram 3.623 inserções do dispositivo. Já em relação aos procedimentos secundários - por exemplo, após os partos -, até junho deste ano foram feitas 1.285 inserções.

“Um governo de mulheres não podia ser diferente”, reforça a secretária estadual de saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti. “Pernambuco ocupa a terceira posição no ranking nacional de inserção de DIUs, com um aumento de acesso a um método contraceptivo dentro do que é o planejamento reprodutivo da mulher. Que bom que a gente está ocupando um lugar de destaque nesse ranking nacional e, lembrando, que estamos também trabalhando muito nas maternidades do Estado, e esse é o nosso papel, oferecendo a possibilidade no pós-parto às mulheres e cooperando no respeito à autonomia e especialmente do número de filhos que cada uma de nós mulheres faz a opção de ter”, salienta Zilda Cavalcanti.

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Para atingir a colocação de âmbito nacional, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) implementou treinamentos, por meio da Gerência de Atenção à Saúde da Mulher (Geasm), que buscaram a qualificação do Planejamento Reprodutivo com ênfase na inserção do DIU na Atenção Primária à Saúde (APS).

“Os números mostram que o cuidado com a mulher tem surtido efeito”, destaca a gerente de Atenção à Saúde da Mulher, Cleonúsia Vasconcelos, sobre o reflexo positivo das capacitações na rede estadual de saúde. “É necessário investir nessa descentralização da oferta para que se chegue cada vez mais perto da população. O DIU tem eficácia semelhante à esterilização cirúrgica, que é um método mais invasivo. Além disso, buscamos investir em informação para que as mulheres conheçam todos os métodos e tenham conhecimento para ter o poder de fazer essa escolha consciente”, reforça.

Outros fatores contribuíram para o sucesso estadual, como o investimento na formação de enfermeiros para atuarem como instrutores em planejamento familiar e reprodutivo, com foco na inserção, revisão e retirada de DIU no Estado. O projeto, idealizado pela Geasm, em parceria com a Escola de Saúde Pública (ESPPE), o Conselho Regional de Enfermagem (COREN-PE) e o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE), resultou em 26 enfermeiras multiplicadoras das maternidades estaduais, do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), da Saúde Prisional e das coordenações de Residência de Enfermagem Obstétrica da Escola de Saúde Pública do Estado de Pernambuco (ESPPE).

O projeto facilitou a aquisição de 200 kits de inserção, por meio do Termo de Cooperação da Organização Pan-americana de Saúde (TC/Opas), destinados para as 15 maternidades estaduais, Distrito Indígena, Saúde Prisional e nível central da SES para a realização de treinamentos.

A coordenadora da Política Materno-Infantil, Hérika Dantas, explicou a intenção de garantir o procedimento nas maternidades permitindo o planejamento correto da gravidez pela paciente.

“O projeto visa permitir que a mulher, se ela desejar, realize a inserção do DIU e já saia da maternidade com esse método garantido. Dessa forma, a gente consegue minimizar a incidência de gravidez não planejada com o manuseio correto da informação e impactando positivamente a vida dessas mulheres”, reforça Hérika Dantas.

A inserção de Dispositivos Intrauterinos pode ser realizada junto aos serviços de saúde da Atenção Primária, sob responsabilidade das gestões municipais, como Centros de Saúde e Policlínicas. Além disso, em âmbito estadual, os hospitais regionais contam com ambulatórios de Planejamento Reprodutivo onde as pacientes, reguladas pelas doze Regionais de Saúde, podem ser atendidas.