Eleições 2024

Abordagem do PT para atrair VOTO EVANGÉLICO é criticada pelo Apóstolo Agenor Duque

O Partido dos Trabalhadores (PT) está enfrentando desafios significativos em sua tentativa de conquistar o apoio da comunidade evangélica para as eleições de 2024.

4 SET 2024 • POR Portal de Prefeitura • 16h24
  Foto Montagem/Portal de Prefeitura

O Partido dos Trabalhadores (PT) está enfrentando desafios significativos em sua tentativa de conquistar o apoio da comunidade evangélica para as eleições de 2024. Em uma análise publicada na coluna do apóstolo Agenor Duque, líder da Igreja Apostólica Plenitude do Trono de Deus (IAPTD), no Diário de São Paulo, o apóstolo critica a nova cartilha do PT, que busca distinguir conservadores de fundamentalistas como uma estratégia para atrair o voto evangélico.

Segundo a análise, a cartilha de 2024, elaborada para corrigir erros passados, é vista como superficial e desinformada, evidenciando a desconexão do partido com os valores conservadores promovidos pelas igrejas evangélicas. Duque aponta que o uso da expressão “nós evangélicos” na cartilha soa artificial e revela uma falta de autenticidade na tentativa do PT de se aproximar desse público.

A crítica se intensifica ao revisar a história do partido em relação aos evangélicos, que inclui gafes anteriores e uma falta de posicionamento claro em temas centrais como a defesa da vida e a oposição ao aborto.

Para uma análise completa do apóstolo Agenor Duque sobre a cartilha do PT e suas implicações, acesse a coluna no Diário de São Paulo.

PT cria cartilha

Neste ano de eleições, os partidos buscam se firmar nos 5,5 mil municípios brasileiros que passarão por eleições para prefeitos e vereadores, o Partido dos Trabalhadores (PT) desenvolveu uma cartilha com recomendações estratégicas para lidar com eleitores evangélicos. Essa iniciativa faz parte do plano de aproximação do governo Lula com os evangélicos, um grupo que tem mostrado um alto índice de desaprovação à gestão petista.

Fundação Perseu Abramo e cartilha de comunicação

O manual, que tem nove páginas e é assinado pela Fundação Perseu Abramo, oferece diversas orientações para melhorar a comunicação com os evangélicos. Uma das principais recomendações é evitar tratar os evangélicos como fundamentalistas, abordando-os de forma respeitosa e inclusiva. O documento também alerta contra a associação de erros cometidos por pastores específicos, como casos de roubo ou assédio, à religião como um todo.

“Ainda que haja vários evangélicos conservadores ou moralistas, não convém unificá-los sobre esse tipo de classificação, muito menos de fundamentalistas, pois, como já dizia o pastor Harry Emerson Fosdick, ‘todo fundamentalista é conservador, mas nem todo conservador é fundamentalista'”, diz texto da cartilha.

Estratégias para evitar conflitos religiosos

Outro ponto destacado na cartilha é a importância de não exagerar ao mencionar o nome de Deus, respeitando um dos Dez Mandamentos conhecidos pelos cristãos, que é "não tomar o nome de Deus em vão". Além disso, a cartilha sugere que os candidatos evitem generalizações e busquem sempre usar o pronome "nós" para criar uma conexão mais próxima e inclusiva com o eleitorado.

“Todas as pessoas cometem pecados. É inócuo – e pode soar como perseguição religiosa – tentar associar e generalizar erros ou crimes de evangélicos”, diz o texto.

Importância do Público evangélico nas eleições

As orientações vêm acompanhadas de uma explicação sobre a relevância dos evangélicos na população brasileira, estimada em cerca de 40 milhões de pessoas. O objetivo da cartilha é apoiar o diálogo entre os candidatos petistas e os eleitores evangélicos, ajudando a criar uma ponte entre as pautas progressistas do partido e a visão dos evangélicos. Com essas estratégias, o PT busca romper barreiras e fortalecer sua presença entre o público evangélico nas eleições de outubro, consideradas essenciais para o futuro político do partido nos municípios brasileiros.

Da redação do Portal com informações do site FuxicoGospel e Diário de SP