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VÍDEO: Jingle de candidata é suspenso por pedir "Paula dentro"; escute

O MP informou que o ajuste na propaganda foi realizado após uma análise que concluiu que a expressão poderia ser considerada ofensiva ou inapropriada.

3 SET 2024 • POR Everthon Santos • 18h40
Paula Camargo.   Foto: Divulgação

O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul interveio em uma disputa eleitoral em Rio Pardo após um jingle de campanha gerar controvérsia. Paula Camargo, candidata a vereadora pelo PL e estreante na política, foi instruída a abandonar o uso de seu jingle que continha a expressão "Paula dentro" (assista o vídeo abaixo).

O jingle em questão incluía frases como "o que as mulheres estão pedindo? Paula dentro" e "Rio Pardo também precisa de Paula dentro". Essas letras foram interpretadas como tendo uma conotação sexual, o que levou ao interesse do MP e a uma reunião com a candidata no dia 26 de agosto.

O MP informou que o ajuste na propaganda foi realizado após uma análise que concluiu que a expressão poderia ser considerada ofensiva ou inapropriada.

Paula Camargo argumentou que a expressão "Paula dentro" era uma referência direta ao seu nome e não tinha a intenção de causar qualquer tipo de mal-entendido. Apesar disso, a candidataacatou o pedido do MP e retirou o jingle de suas redes sociais, conforme solicitado.

"Ela me pediu que eu não postasse mais nas minhas redes sociais, e eu aceitei. Pois, mesmo eu explicando que meu nome era Paula, ela achou pejorativo", explicou.

Assista vídeo
 
 
 
 
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Candidato é proibido de usar nome de Bolsonaro

Em Pernambuco, o Ministério Público Eleitoral de Carpina entrou com um parecer junto ao Justiça Eleitoral solicitando a substituição do nome utilizado pelo candidato a vereador Nelson Revorêdo (PL) na sua candidatura. O político, que é filiado à Coligação Todos por Carpina, liderada pelo candidato a prefeito Bruno Ribeiro (PL), havia registrado sua candidatura utilizando o nome "Nelson Bolsonaro".

Segundo o parecer do Ministério Público, a legislação eleitoral é clara ao proibir o uso de nomes de terceiros na candidatura, especialmente quando não há relação familiar ou autorização formal. O documento do Ministério Público destacou que Nelson Revorêdo não possui qualquer ligação de parentesco com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e que, portanto, a utilização do sobrenome configura uma tentativa indevida de associar sua imagem à do ex-mandatário, o que pode influenciar os eleitores de forma irregular.

O uso de nomes conhecidos em campanhas eleitorais é uma prática que, em algumas situações, pode ser considerada uma estratégia de marketing, visando atrair eleitores que se identificam com a figura pública em questão. No entanto, a legislação busca impedir que essa prática se transforme em uma forma de enganar o eleitorado, principalmente quando o candidato não tem autorização ou relação direta com o nome utilizado.