Crime

Mulheres que vivem no McDonald's são acusadas de racismo contra um grupo de adolescentes

Susane Paula Muratori Geremia, de 64 anos, e sua filha, Bruna Muratori, de 31 anos foram levadas para delegacia.

31 AGO 2024 • POR Isabella Lopes • 17h22
Mulheres que vivem no McDonald's são acusadas de racismo contra um grupo de adolescentes   Foto: Reprodução/Instagram

Na sexta-feira, 30 de agosto, as duas mulheres que residem no McDonald's do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foram levadas à delegacia, acusadas de ataques racistas contra um grupo de amigas adolescentes que no estabelecimento para lanchar. Susane Paula Muratori Geremia, de 64, foi presa em flagrante por injúria racial, enquanto, sua filha, Bruna Muratori, de 31 anos, prestou depoimento e foi liberada.

De acordo com os agentes do programa Leblon Presente, testemunhas relataram que a discussão começou quando as adolescentes tiraram fotos de Bruna e Susane. As moradoras do McDonald´s, se irritaram e proferiram ofensas de cunho racista contra as adolescentes. O caso foi registrado na delegacia do Leblon. 

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A cozinheira Bruna Medina de Souza, mãe de uma das adolescentes, afirmou que sua filha foi chamada de “preta nojenta”.

"A gente sempre sofre um racismo ou outro, mas a gente costuma entubar, botar no bolso e viver. Só que agora foi muito direto. Ela chamou a minha filha de “preta nojenta”. “Pobre, preta, nojenta”. Eu saí correndo de onde eu estava, fui ao local e ela continuou ofendendo a minha filha: “Aquela pretinha ali de biquini”. Eu falei: “Ela não é pretinha não. Ela é preta mesmo. Ela é minha filha e se quiser falar com ela, tem que se dirigir a mim”. Foi aí que chegaram os policiais", afirmou Bruna. 

Uma das meninas do grupo disse que as mulheres se incomodaram porque ela e seu grupo estavam rindo . 

"Ela chegou pra gente e falou: “abre a boca agora suas fedelhas”. Chegou pra minha amiga e disse: “sua preta”. Ela falou pra minha amiga: “preta nojenta”. Depois chamou a gente de “vagabundinha”. Ela falou isso pra adolescentes, disse a adolescente. 

Rafael Tavares, pai de uma das garotas, também relatou que Bruna e Susane disse que as meninas não eram para está no estabelecimento. 

"Elas falaram que as meninas não eram para estar ali, que o lugar não era para pobre e nem para negros e que elas estavam atrapalhando", disse Rafael.