Solicitação

Marçal afirma que irá pedir afastamento do presidente do PRTB por possível ligação com o PCC

O ex-coach afirmou que, começou a fazer parte do partido recentemente e que, se dependesse dele, os membros já estariam afastados.  

27 AGO 2024 • POR Isabella Lopes • 14h50
Candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal   Foto: Reprodução/ GloboNews

Na segunda-feira, 26 de agosto, em entrevista ao canal GloboNews o candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, afirmou que se sente constrangido por causa das recentes denúncias entorno dos membros de seu partido serem supostamente ligados à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e prometeu fazer uma solicitação formal para afastar Leonardo Avalanche do comando nacional da sigla. 

O ex-coach durante a entrevista foi perguntado sobre as denúncias de que os membros do PRTB terem uma possível ligação ao PCC. Marçal afirmou que começou a fazer parte do partido recentemente e que, dependesse dele, os membros estariam afastados do partido. 

"Isso é totalmente constrangedor. Eu precisava de gente trabalhadora e honesta. Se tem esse tipo de gente lá, o que eu posso fazer?", indagou Marçal. 

A jornalista do GloboNews, Daniela Lima, perguntou a Marçal se ele não poderia solicitar o afastamento de Leonardo Avalanche na Executiva Nacional do PRTB, e ele se comprometeu a tomar a iniciativa de fazer a solicitação. 

"Eu vou fazer isso. Vou deixar formalizado da minha parte (o pedido de afastamento do Avalanche)", afirmou o ex-coach.

O candidato ainda revelou que já havia solicitado informalmente o afastamento de Avalanche, mas afirmou que o presidente do partido recusou, dizendo que iria "prova sua inocência".  

"Eu gostaria que ele (Avalanche) se afastasse. Eu falei isso para ele. Ele falou que vai provar isso (inocência). O que eu posso fazer? Se o partido fosse meu, ele já estava afastado até a apuração. Aqui no Brasil não funciona como a gente quer", disse Marçal. 

O partido de Marçal, PRTB, enfrenta uma série de acusações sobre uma possível ligação de seus integrantes com o crime organizado. Na semana passada, o Estadão mostrou que antigos aliados do presidente nacional do PRTB e articuladores informais da legenda do ex-coach são acusados de trocar carros de luxo por cocaína para o Primeiro Comando da Capital, financiando o tráfico de drogas e dividindo os seus lucros.