Crítica

Ditador Ortega rebate LULA ao lembrar da LAVA-JATO e defende MADURO

Segundo Daniel, a postura do petista sobre a eleição presidencial de Nicolás Maduro foi 'vergonhosa' e diz que ele está repetindo o mesmo discurso dos europeus e americanos.

27 AGO 2024 • POR Maria Carla Mazullo • 10h38
Lula e Ortega.   Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil.

O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma cúpula virtual da ALBA-TCP, na segunda-feira, 26 de agosto.

Segundo o ex-aliado do petista, a postura de Lula sobre a eleição presidencial de Nicolás Maduro na Venezuela foi ‘vergonhosa’ e diz que está repetindo o mesmo discurso dos europeus e americanos:

“A forma como Lula tem se comportado sobre a vitória do presidente legítimo da Venezuela é uma forma vergonhosa, vergonhosa, repetindo os lemas dos ianques, dos europeus, dos governos rebaixados da América Latina”, alegou Ortega.

Ortega afirmou que, se Lula deseja o respeito do povo venezuelano, deveria respeitar a vitória de Nicolás Maduro, ditador proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.

Ainda criticando a gestão do Lula, o ditador da Nicarágua disse:

“Lembre-se dos escândalos, da Lava-Jato. Lembre-se bem de tudo isso. Aparentemente, não foram governos muito limpos. Acorde, Lula. E eu poderia mencionar muitas outras coisas para você”, finalizou.

As falas foram feitas após o presidente brasileiro e Gustavo Petro, da Colômbia, conversarem nos dias 23 e 24 de agosto sobre a questão das eleições presidenciais na Venezuela. 

Ambos os chefes do Executivo permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis.

"A normalização política da Venezuela requer o reconhecimento de que não existe uma alternativa duradoura ao diálogo pacífico e à convivência democrática na diversidade. Os dois presidentes conclamam todos os envolvidos a evitar recorrer a atos de violência e à repressão.", diz a nota.