Retorno

NASA: Astronautas "PRESOS NO ESPAÇO" só voltarão à Terra em 2025 pela SPACEX, empresa de Elon MUSK

A dupla foi lançada à ISS em 5 de junho, em uma missão planejada para 8 dias na cápsula Starliner da Boeing, em seu primeiro voo tripulado, mas problemas com os propulsores e vazamentos de hélio alteraram o cronograma

24 AGO 2024 • POR Ricardo Lélis • 15h30
Crew Dragon, da SpaceX   Foto: Divulgação

A NASA anunciou que os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams permanecerão na Estação Espacial Internacional (ISS) até fevereiro de 2025.

Eles serão resgatados por uma nave da SpaceX, empresa que pertence ao bilionário Elon Musk. Originalmente, eles retornariam na Starliner da Boeing, mas a nave enfrentou problemas técnicos após se acoplar à ISS e teve seu retorno adiado três vezes.

A Starliner será enviada de volta à Terra no início de setembro, operando em piloto automático, conforme informado por Bill Nelson, administrador da NASA.

A agência espacial expressou preocupações com o sistema de propulsão da nave, considerando-o arriscado demais para o retorno seguro da tripulação.

Os astronautas retornarão na missão Crew Dragon da SpaceX, que está programada apenas para fevereiro de 2025. A nave terá dois assentos vazios, reservados para Wilmore e Williams.

A NASA também ressalta que é comum para astronautas profissionais permanecerem no espaço por períodos mais longos do que o planejado inicialmente.

Segundo a agência americana, Wilmore e Williams estão ocupados com pesquisas científicas na ISS e que Suprimentos adicionais serão enviados pela SpaceX em setembro.

"Não foi uma decisão fácil, mas é absolutamente a correta", completou Jim Free, administrador associado da Nasa.

A dupla foi lançada à ISS em 5 de junho, em uma missão planejada para 8 dias na cápsula Starliner da Boeing, que foi o primeiro voo tripulado da cápsula. No entanto, problemas com os propulsores e vazamentos de hélio alteraram o cronograma.

A decisão de retornar pela SpaceX foi tomada pela NASA em conjunto com a Boeing.

"A Boeing disse que vai continuar a resolver os problemas quando a Starliner retornar", disse Nelson.

A Boeing tinha a expectativa de que a missão de teste da Starliner representasse uma virada para a empresa, que enfrenta problemas de desenvolvimento e um orçamento excedido em mais de US$ 1,6 bilhão desde 2016.

Além disso, a Boeing tem enfrentado desafios relacionados à qualidade na produção de seus aviões comerciais, que são seu principal produto.

Projetada para operar autonomamente, a Starliner já havia realizado dois voos não tripulados antes de encontrar problemas durante a missão de junho.