Opinião

Carlos Bolsonaro: "Consideraria Marina Helena (Novo) como uma possibilidade de voto"

O filho do ex-presidente também disse que Pablo Marçal "nunca apresentou nada para ser considerado de direita".

23 AGO 2024 • POR Everthon Santos • 15h10
Carlos Bolsonaro e Maria Helena.   Foto: Divulgação

O vereador Carlos Bolsonaro (PL), candidato ao sétimo mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, afirmou nas redes sociais que "consideraria Marina Helena (Novo) como uma possibilidade de voto" na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos aproveitou para alfinetar o candidato do PRTB, Pablo Marçal, e afirmou que o ex-coach "nunca apresentou nada para ser considerado de direita".

O "02" de Bolsonaro engrossa o coro de críticas do clã da zona oeste do Rio ao candidato do PRTB em São Paulo. O ex-presidente lançou uma ofensiva contra o ex-coach nesta quinta-feira, 22. Bolsonaro compartilhou em seu canal oficial no WhatsApp, que conta com 1,2 milhão de seguidores, um vídeo reunindo diversos momentos em que Marçal o critica.

Na visão de aliados, a postura do ex-presidente pode indicar um maior envolvimento na campanha eleitoral da capital paulista, onde ele apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

O compilado de vídeos traz Marçal chamando Lula e Bolsonaro de "farinha do mesmo saco", "populistas" e apoiadores de ditadores. O ex-coach chega a dizer que Lula e Bolsonaro "significam a mesma pessoa" e que a diferença é que falta um dedo em um deles. Em outros momentos do vídeo, Marçal aparece dizendo que há um "messias que quer ser responsável pela nação inteira e não cuida de nada" e que dois candidatos, se referindo a Lula e Bolsonaro, vão colocar uma quadrilha no Planalto.

Não é a primeira vez que Carlos se posiciona contra Marçal. No dia 14 de agosto, o vereador do Rio criticou o ex-coach por "passar pano" para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Marçal criticou a repercussão de conversas entre um juiz auxiliar de Moraes e um funcionário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que evidenciou o uso da Corte Eleitoral, fora do rito, para embasar investigações contra aliados do ex-presidente.

Como mostrou o Estadão, o desempenho de Marçal nas pesquisas e nas redes sociais provocou um temor entre bolsonaristas de que ele pode atrapalhar os planos do grupo para a eleição ao Senado. A avaliação é que o ex-coach busca utilizar o pleito municipal para se cacifar como postulante a uma das duas vagas que estarão em disputa em 2026. A aliados, Marçal tem dito que seu foco é o Executivo e que não deseja ser senador.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também atacou Marçal nesta semana depois que ele desmarcou uma entrevista com o comunicador Paulo Figueiredo, chamando-o de "arregão". O filho do ex-presidente também gravou uma série de vídeos ao lado de Nunes, com o objetivo de reforçar que o emedebista é o candidato da família Bolsonaro e compartilha os valores do bolsonarismo.

Estadão Conteúdo