Opinião

Ricardo Nunes critica Justiça Eleitoral por não ser "contundente" para conter "excessos" de Marçal

Segundo o prefeito, o atual modelo, que só intervém após os fatos ocorrerem, é ineficaz para conter os danos causados à imagem dos candidatos.

20 AGO 2024 • POR Everthon Santos • 15h52
Ricardo Nunes e Pablo Marçal.   Foto: Divulgação

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), expressou sua preocupação com a falta de ações mais contundentes por parte da Justiça Eleitoral para conter os excessos de Pablo Marçal (PRTB) durante o período eleitoral.

A declaração foi feita nesta terça-feira, 20 de agosto, durante uma visita a obras da Secretaria Municipal da Saúde no Carandiru, zona norte da cidade, onde Nunes foi questionado sobre o pedido de impugnação da candidatura de Marçal, solicitado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

Segundo o prefeito, o atual modelo, que só intervém após os fatos ocorrerem, é ineficaz para conter os danos causados à imagem dos candidatos.

“Acho que a gente gasta bastante recurso do dinheiro público com a Justiça Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral, com o Supremo, com o tribunal estadual. Era importante [a Justiça] ter uma ação mais preventiva. Porque, depois que está feito, é aquilo que falei: pega uma folha, corta em mil pedacinhos, sobe no alto de um prédio e solta. Como você junta depois? É como a honra das pessoas”, afirmou.

O prefeito ainda sugeriu que representantes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estivessem presentes nos debates eleitorais para verificar em tempo real a veracidade das informações e evitar a disseminação de fake news.

“Eu até acho que você deveria ter representantes do Tribunal Regional Eleitoral nos debates. Porque, nos debates, você vai ter ali a pessoa fazendo a verificação daquilo que tem sido fake news, daquilo que é verdade, daquilo que é mentira, do respeito das pessoas. Porque nós somos adversários, não somos inimigo", declarou.

Ricardo Nunes ainda falou que é normal que tenha um postulante que seja mais agressivo em sua fala, porém não pode passar dos limites.

"É natural que você tenha um candidato ou outro com uma forma mais agressiva de falar, alguns mais contundentes, outros mais ponderados, mas nada disso pode ultrapassar a questão de você falar a verdade”, ressaltou.