Analogia

Maduro compara 8 de JANEIRO no BRASIL a manifestações na VENEZUELA após ELEIÇÕES

Após os atos do "Grande Protesto Global pela Verdade na Venezuela", organizado pela oposição, o regime do ditador anunciou um "contraprotesto".

20 AGO 2024 • POR Gabriel Alves • 11h42
Maduro compara 8 de JANEIRO no BRASIL a manifestações na VENEZUELA após ELEIÇÕES.   Fotos: Divulgação e Marcelo Camargo/Agência Brasil. Edição: Portal de Prefeitura

O ditador Nicolás Maduro fez uma comparação entre as ações dos tribunais brasileiros e venezuelanos durante uma transmissão televisiva. Maduro fez uma referência, equiparando a tentativa de golpe dos apoiadores de Bolsonaro e os atos do 8 de janeiro de 2023 no Brasil às manifestações do povo venezuelano, após os resultados das eleições na Venezuela.

“No Brasil, houve eleições. Ganhou o presidente Lula e o presidente em função, Jair Bolsonaro, seguindo o roteiro da extrema direita se recusou a reconhecer o triunfo e tentou sabotar o processo. O processo foi ao máximo da justiça do Brasil, que proferiu e ratificou a vitória do presidente Lula da Silva”, afirmou Maduro.

 

“Os tribunais superiores, os tribunais supremos e a institucionalidade de grandes países como o México e o Brasil garantiram o funcionamento da democracia. É assim que deve ser. E se assim é por lá, que também seja por aqui. Constituição, lei, ordem e justiça, diz o ditador.”

Maduro ataca oposição e Urrita  

Após as manifestações do "Grande Protesto Global pela Verdade na Venezuela", organizado pela oposição, o regime de Nicolás Maduro anunciou um "contraprotesto". Durante o discurso em que anunciou essa resposta, Maduro aproveitou para atacar a oposição, com foco especial em Edmundo González Urrutia, a quem acusou de estar "escondido" por não ter participado nos protestos.

“Onde está escondido Edmundo González Urrutia? Saia da sua caverna Guaidó 2.0. Por que ele não mostra a cara? Ele não venceu? Será que ele ganhou um sorteio para se esconder em uma caverna… ele está preso em uma caverna. Ele está preparando sua fuga da Venezuela. Edmundo González Urrutia pega as passagens e parte para Miami. Que líder tremendo eles tinham, afirmou.”

Transição pacífica

González Urrutia, falou sobre a possibilidade de uma "transição pacífica" na Venezuela. Ele criticou duramente o regime de Maduro por, em vez de se preparar democraticamente para uma transição pacífica, optar por perseguir, prender e assassinar venezuelanos que apenas exigiam o respeito à sua maioria.

Milhares de pessoas foram detidas, e dezenas foram mortas durante os protestos pós-eleitorais, após a fraude cometida por Maduro. Em sua retórica, Maduro chegou a responsabilizar González Urrutia pelas mortes e pela "violência criminosa" e "destruição" de locais públicos durante os protestos.

Apesar das ameaças e da repressão, os venezuelanos exigem respeito pela sua vontade. A força bruta e a linguagem do ódio não impedirão a nossa decisão de iniciar uma transição pacífica. A todos os venezuelanos que se mobilizaram em cada bairro, aldeia e cidade levantando a voz, a minha mensagem e a minha palavra de encorajamento. Somente juntos conseguiremos respeitar a vontade expressada por mais de 7 milhões de pessoas em 28 de julho”, disse González Urrutia nas redes sociais.