Polêmica

PARIS 2024: árbitro que apitou derrota de pugilista BRASILEIRA é afastado por suspeita de corrupção

Segundo o jornal britânico The Times, os juízes, originários do Cazaquistão, atuaram em mais de cinquenta lutas e foram afastados antes mesmo do término da competição.

16 AGO 2024 • POR Camilly Cardoso • 16h20
Bia Ferreira, pugilista brasileira.   Foto: reprodução / Instagram

Os Jogos Olímpicos de Paris encerraram há pouco menos de uma semana, mas ainda estão gerando repercussão. Após a polêmica mudança no pódio da ginástica, o boxe olímpico voltou aos holofotes com a suspensão de dois árbitros por suspeita de corrupção. Segundo o jornal britânico The Times, os juízes, originários do Cazaquistão, atuaram em mais de cinquenta lutas e foram afastados antes mesmo do término da competição. Yermek Suiyenish, um dos envolvidos, chegou a arbitrar a luta de Bia Ferreira, que, na semifinal, acabou com a derrota da brasileira para a irlandesa Kellie Harrington.

Ainda de acordo com o periódico, Alisher Altayev e Yermek Suiyenish foram afastados no dia 4 de agosto, após terem arbitrado 25 e 21 lutas, respectivamente, na capital francesa. O The Times revelou que um relatório indicava Altayev com "alto risco" para corrupção, enquanto Suiyenish era classificado com "risco médio".

A exclusão dos árbitros também gerou repercussão na Itália. O jornal Corriere della Sera informou que Altayev arbitrou a luta entre a atleta italiana Irma Testa, medalhista de bronze em Tóquio-2020, e a chinesa Xu Zichun, na fase preliminar. Após a derrota por pontos, a pugilista italiana reclamou do resultado.

Além dos dois árbitros afastados, investigações sugerem que outros nove árbitros possam ter se envolvido em atos de corrupção e manipulação durante os Jogos Olímpicos de Paris. O Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Boxe ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.