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Defesa de Bolsonaro diz que ex-presidente não se encontrou com Costa Neto na convenção de Ricardo Nunes

Os advogados sugeriram que Alexandre de Moraes verifique a veracidade dessas informações com o prefeito de São Paulo e com o ex-presidente Michel Temer.

11 AGO 2024 • POR • 09h25
Valdemar Costa Neto ao lado de Jair Bolsonaro.

A defesa de Jair Bolsonaro informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente e Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), estiveram na convenção de Ricardo Nunes na semana passada, mas garantiu que os dois não se encontraram.

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Segundo os advogados, Bolsonaro tomou precauções para comparecer ao evento em um horário posterior ao de Valdemar Costa Neto, a fim de cumprir as medidas cautelares impostas pela Justiça.

Os advogados também sugeriram que Moraes verifique a veracidade dessas informações com o prefeito Ricardo Nunes e o ex-presidente Michel Temer, entre outras personalidades que participaram do evento.

A medida cautelar que restringe o contato entre Bolsonaro e Valdemar faz parte de um inquérito que investiga a possível participação de ambos em uma suposta tentativa de golpe.

Diante das notícias sobre a presença dos dois na convenção, Moraes determinou a intimação de ambos para esclarecer a situação, com um prazo de 48 horas para fornecerem explicações sobre o suposto descumprimento da ordem judicial.

Valdemar e Bolsonaro pediram ao Supremo a revogação da proibição, alegando a necessidade de tomar decisões relativas às eleições municipais de outubro. A defesa do ex-presidente afirmou ainda que ele é o “principal cabo eleitoral” do PL. Alexandre de Moraes, contudo, negou o pedido.

A operação Tempus Veritatis foi deflagrada em 8 de fevereiro, com o objetivo de apurar a existência de uma organização criminosa na cúpula do governo Bolsonaro, cujo objetivo seria mantê-lo no poder e impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.