Jogos Olímpicos

Presidente do COI defende BOXEADORAS que sofreram TRANSFOBIA: "Não é inclusão, é justiça"

Em 2023, as pugilistas Imane Khelif e Lin Yu-Ting foram desclassificadas do Mundial de Boxe Amador, organizado pela IBA, ao "reprovar" em um teste de gênero. Porém o Comitê Olímpico permitiu que ambas participassem dos Jogos.

9 AGO 2024 • POR • 16h28
Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, defendeu a boxeadora argelina Imane Khelif e da taiwanesa Lin Yu-Ting, que foram vítimas da transfobia durante os Jogos de Paris-2024. Nesta sexta-feira, 9 de agosto, o mandatário criticou a Associação Internacional de Boxe (IBA) e afirmou que a participação das duas atletas nesta edição das Olimpíadas é justa.

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Bach ainda criticou os testes feitos pela IBA, afirmando que esse tipo de avaliação vai contra os direitos humanos, por ser intrusivo. Além disso, o presidente do COI fez questão de reafirmar a decisão sobre a participação das duas pugilistas.

A argelina, Imane Khelif, voltará ao ringue nesta sexta-feira, onde brigará pelo ouro da categoria até 66kg, contra a chinesa Yang Liu. Já a taiwanesa Lin Yu-Ting lutará a final da categoria até 57kg, neste sábado, 10 de agosto, contra a polonesa Julia Szeremeta.

ENTENDA O CASO

Em 2023, as pugilistas Imane Khelif e Lin Yu-Ting foram desclassificadas do Mundial de Boxe Amador, organizado pela IBA, ao "reprovar" em um teste de gênero. No mesmo ano, a entidade foi desfiliada pelo Comitê Olímpico Internacional. Para os Jogos de Paris, o COI optou por permitir a participação das duas atletas, o que gerou ataques transfóbicos. Posteriormente, o pai de Khelif chegou a mostrar a certidão de nascimento da filha à imprensa francesa, na tentativa de cessar as ofensas.

Na última segunda, o presidente da IBA, Umar Kremlev, realizou uma coletiva de imprensa para defender sua decição de banir as duas atletas, e sem apresentar provas, afirmou que o nível de testosterona das duas pugilistas é "muito alto", e os testes da entidade apontam que "são homens".

Se faz importante ressaltar que mulheres com testosterona alta é comum, e podem surgir apartir de problemas de saúde, como síndrome dos ovários policisticos, além de diversas outras possibilidades.