'Sempre que precisar faremos bloqueios no Orçamento', afirma Lula
Ainda segundo o presidente, essa não é a primeira vez que o governo faz cortes como esse de R$ 15 bilhões.
22 JUL 2024 • POR • 14h43Nesta segunda-feira, 22 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que 'sempre que precisar fará bloqueios no Orçamento'. E que traz a responsabilidade fiscal "nas entranhas".
Em meio às dificuldades que o governo vem enfrentando para controlar as contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o congelamento do Orçamento para 2024. Ainda segundo o presidente, essa não é a primeira vez que o governo faz cortes como esse de R$ 15 bilhões.
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"Sempre que precisar bloquear nós vamos bloquear", afirmou Lula em entrevista a agências internacionais, no Palácio da Alvorada.
"O mesmo dinheiro que você precisa cortar agora, você pode não precisar cortar daqui a dois meses, depende da arrecadação", prosseguiu Lula.
O governo vem sendo pressionado, por diversos setores, a rever os gastos para equilibrar as contas públicas e cumprir a meta de déficit zero. Porém, o presidente tem feito declarações onde diz ser contra qualquer corte que afete os programas sociais.
Ainda na entrevista a agências internacionais, Lula criticou novamente o presidnete do Bancco Central, Roberto Campos Neto, e disse que sempre foi contra a autonomia do Banco Central. Além de, duvidar que Campos Neto, seja mais autônomo que Henrique Meirelles, que foi presidente do BC em seus dois primeiros mandatos.
"Como pode um rapaz que se diz autônomo, presidente do Banco Central, estar incomodado com o fato do povo mais humilde estar ganhando aumento de salário?", disse Lula.
Segundo informações, o Banco Central tem autonomia desde de 2021. O que significa que Lula não pode tirar Campos Neto do cargo. E só poderá indicar um próximo presidente ao BC, quando chegar ao fim do mandato de Campos Neto, que será em 31 de dezembro.
"Eu espero que a gente encontre uma pessoa que seja, do ponto de vista técnico, muito competente. Seja, do ponto de vista político, muito honesto e muito sério, e que seja uma pessoa que efetivamente ganhe autonomia pela sua respeitabilidade, pelo seu comportamento", completou Lula.