Detido

Polícia PRENDE PRESIDENTE de empresa de ÔNIBUS por suspeita de elo com PCC

A Operação Fim da Linha foi deflagrada deste ano para desbaratar esquema de lavagem de recursos obtidos de forma ilícita pela facção criminosa.

17 JUL 2024 • POR • 16h13
Operação investiga elo entre o PCC e empresa de ônibus.

O presidente afastado da empresa de ônibus UPBus, Ubiratan Antônio da Cunha, foi preso nesta terça-feira (16) em São Paulo.

Ele era um dos alvos da Operação Fim da Linha, que investiga a ligação de empresas de ônibus da capital paulista com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A prisão de Cunha foi solicitada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) e decretada pela Justiça, após ele ter descumprido medidas cautelares.

O mandado foi cumprido hoje pela 2ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio da Polícia Civil.

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Por ordem da Justiça, Cunha havia sido proibido de frequentar a sede da empresa e de ter contato com outros réus ou com membros da cooperativa.

Mas, no dia 5 de junho, a Polícia Civil foi procurada por integrantes da cooperativa sucedida pela UPBus, relatando que teriam sido expulsos por ele da sede da empresa.

Depois disso, o Ministério Público ainda descobriu que, naquela mesma semana, Cunha teria procurado o interventor que foi nomeado pela prefeitura para administrar a UPBus.

A operação

A Operação Fim da Linha foi deflagrada no dia 9 de abril deste ano para desbaratar esquema de lavagem de recursos obtidos de forma ilícita pela facção criminosa conhecida como PCC.

Os envolvidos no crime usavam a exploração do serviço de transporte público por ônibus na capital, por meio das empresas UPBus e Transwolff, para esconder a origem ilícita de ativos ou capital provenientes de tráfico de drogas, roubos e outros delitos.

No mesmo dia em que a operação foi deflagrada, a prefeitura de São Paulo anunciou que assumiria a operação das linhas de ônibus das empresas Transwolff e UPBus, nomeando dois interventores.

Ainda em abril, a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público e transformou 19 alvos dessa operação em réus.

Eles foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, extorsão e apropriação indébita. Cunha, um dos réus, foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A denúncia feita pelo Ministério Público revelou que, entre os anos de 2014 e 2024, uma pessoa que coordenava as atividades de tráfico do PCC e mais um outro indivíduo injetaram mais de R$ 20 milhões em recursos obtidos de forma ilícita em uma cooperativa de transporte público da zona leste, que viria a se transformar na UPBus.

Isso viabilizou a participação da empresa na concorrência promovida pela prefeitura de São Paulo em 2015. Essas duas pessoas, segundo o MP, integravam o quadro societário da UPBus.

Agência Brasil