Guerra

Líder do HAMAS morre em explosão atribuída a Israel

2 JAN 2024 • POR • 15h42

O principal líder do Hamas, Saleh al-Arouri, foi morto nesta terça-feira, 2 de janeiro, em explosão em um subúrbio ao sul de Beirute, afirma o canal de notícias al-Mayadeen, que tem ligações com o Hezbollah.

Arouri, um dos fundadores da ala militar do Hamas, chefiou a presença do grupo na Cisjordânia.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou matá-lo antes mesmo do início da guerra Hamas-Israel, em 7 de outubro.

A explosão matou quatro pessoas e foi realizada por um drone israelense, segundo a imprensa estatal do Líbano. Autoridades israelenses se recusaram a comentar.

Estadão Conteúdo

Líder do Hamas: “Temos amigos entre cristãos e a esquerda global”

Khaled Mashal, que atua como líder do Hamas no exterior e porta-voz do grupo, afirmou numa entrevista à rede de televisão turca TRT que eles têm aliados dentro do movimento esquerdista global.

Durante a entrevista, Mashal defendeu a violência contra os judeus como forma de exercer pressão e criar oportunidades para fazer avançar a sua agenda política e religiosa, com o apoio de líderes como Vladimir Putin e Xi Jinping, bem como de figuras do mundo islâmico.

"Queremos identificar um grupo de eruditos islâmicos que transformarão a situação, de maneira semelhante ao que Abdallah Azzam (um mentor de Osama Bin Laden) fez no Afeganistão e em outras regiões. Pedirão permissão? Não, não aguardarão por autorização. Assumirão a responsabilidade e conquistarão o apoio do povo. Neste momento, é essencial que estudiosos islâmicos emitam uma fatwa (um decreto religioso), incentivando a nação islâmica a agir e a pressionar os regimes e governantes para interromper o derramamento de sangue na Faixa de Gaza, enviar ajuda humanitária e abrir a passagem fronteiriça de Rafah. Contamos com aliados entre os cristãos, até mesmo entre os judeus, assim como na esquerda global. Temos conexões em todo o mundo. Dirijo-me também a Moscou e Pequim. Rússia e China. Sua postura política é promissora, incluindo seu poder de veto na ONU e suas políticas. No entanto, essas são nações de grande influência. Elas podem desempenhar um papel mais significativo. Deveriam fortalecer sua resolução para desafiar o domínio americano. Esta é uma oportunidade única. Moscou e Pequim estão comprometidas em buscar um equilíbrio de poder global que enfraqueça a unipolaridade liderada pelos Estados Unidos. Portanto, esta é a ocasião para agir!".