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Justiça alemã anula resultado das eleições de 2021 em Berlim, marcadas por irregularidades; entenda o caso

Na ocasião, os berlinenses haviam para a Câmara dos Deputados e as assembleias distritais da capital da Alemanha. O tribunal determinou que um novo pleito na região seja preparado nos próximos 90 dias.

17 NOV 2022 • POR • 10h56
O Tribunal Constitucional da Alemanha determinou na quarta-feira, 16 de novembro, que sejam anuladas as últimas eleições de Berlim, realizadas em 26 de setembro de 2021. O pleito foi marcado, nas palavras da emissora pública alemã DW, pelo “caos organizacional”, envolvendo erros na distribuição das cédulas impressas e falta de urnas. A presidente do tribunal, Ludgera Selting, disse que a decisão se baseou na “frequência e gravidade dos erros da votação” e chamou esses problemas de “falhas sistemáticas na preparação das eleições”. A decisão afeta as eleições para a Câmara dos Deputados da Alemanha e para as assembleias distritais de Berlim. Na ocasião, os berlinenses também haviam votado em um referendo sobre política de habitação. O tribunal determinou que um novo pleito na região seja preparado nos próximos 90 dias. Leia mais: >>> Cerca de 521 mil eleitores tiveram os votos anulados ao teclar “22” para governo de SP no primero turno Partido de Bolsonaro pedirá anulação das Eleições 2022 O PL de Valdemar Costa Neto vai pedir ao Tribunal Superior Eleitoral, nos próximos dias, a anulação das eleições de 2022. A ação, que está sendo finalizada, leva em conta ao menos duas auditorias sobre urnas e questiona suposta parcialidade do TSE. Um desses relatórios de fiscalização, obtido em primeira mão por O Antagonista, conclui não ser “possível validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015”. O documento é assinado por Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL); seu vice Márcio Abreu, engenheiro eletrônico, e o membro associado Flávio Gottardo de Oliveira, engenheiro aeronáutico, ambos formados no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Eles partem da premissa de mau funcionamento das urnas eletrônicas antigas. Segundo eles, estudos estatísticos teriam identificado “interferência indevida nos percentuais de votação dos candidatos”. Da redação do Portal com informações do Antagonista